Música como Leitura Sensí­vel de Dinâmicas Urbanas: Milton Nascimento e o Desmonte da Ferrovia Bahia-Minas

Autores

  • Rafael Baldam IAU USP São Carlos
  • Gisela Cunha Viana Leoneli FEC Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2018.5.1.15-24

Palavras-chave:

urbanização brasileira, música popular brasileira, representação social, memória

Resumo

Este artigo investiga as potencialidades que a análise musical possui e que podem ser incorporadas em discussões sobre o urbano. Parte-se do entendimento de que a música confere leituras complementares à abordagem teórica sobre as cidades, de modo a agregar a percepção que a população tem dos processos urbanos, sintetizando um "sentimento urbano" . Aqui, utiliza-se a canção Ponta de Areia, de Milton Nascimento e Fernando Brant, para, a partir da análise da sua letra, melodia, harmonia e semiótica, discutir transformações urbanas causadas pela falência do modelo econômico das ferrovias no Brasil, e a consequente fragmentação social, cultural e histórica que se deu. A partir das ferramentas que a música possui para expressar-se, conclui-se que ela constitui um instrumento válido de discussão de temas urbanos, seja por catalisar um questionamento, seja por possibilitar a apresentação de uma perspectiva sensorial da percepção que a população tem dos fenômenos urbanos.

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Biografia do Autor

Rafael Baldam, IAU USP São Carlos

Ciências Sociais Aplicadas

Arquitetura e Urbanismo

Música Popular e Representação

Gisela Cunha Viana Leoneli, FEC Unicamp

Ciências Sociais Aplicadas

Urbanismo

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Publicado

2018-06-10

Edição

Seção

Dossiê: SIAUS - ESPAÇOS