DA MÁ CONSCIÊNCIA AO MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO
Nietzsche e Freud com o diagnóstico de uma sociedade doente
DOI:
https://doi.org/10.33871/27639657.2023.3.1.7659Palavras-chave:
Nietzsche, Freud, Civilização, Má-ConsciênciaResumo
Esta pesquisa procurou estabelecer perquirição, entre os fundamentos de Nietzsche e Freud, no diagnóstico de uma sociedade doente, com o intuito de salientar possíveis congruências e divergências na elaboração dos autores. Nietzsche demonstra que a repressão dos instintos (necessária para o advento da civilização), foi responsável pelo adoecimento do homem. Freud sustenta que após o assassinato do pai primevo, desencadeou o arrependimento dos irmãos, desta forma, suscitou o sentimento de culpa, o qual pretendeu-se atenuar com o sacrifício das pulsões, se abstento de possuírem as mulheres que antes pertenciam ao pai. Na concepção de Freud, a lei imputada pelo pai enquanto vivo, ganhou mais força após a sua morte, através da filogênese foi introduzida ao psiquismo como Supereu. Entre a pulsão e a proibição do Supereu, se apresenta o mal estar na civilização. Assim, a tese vigente ressalta as perspectivas dos autores, com seus pontos correlatos e divergentes.
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