FILOSOFIA COMO ESTRATÉGIA E CIÊNCIA COMO SUA TÁTICA

racionalização e antifilosofia na história do pensamento ocidental

Autores

  • Felipe Luiz UFSCar

Palavras-chave:

Filosofia da história da filosofia, Metaestratégia, Michel Foucault, Maquinismo, Arqueogenealogia; diagnóstico do presente; Foucault; Nietzsche

Resumo

O objetivo do presente trabalho é articular algumas ideias relativas ao surgimento e ao desenvolvimento da filosofia no Ocidente, contrapondo-nos a autores como Michel Serres; explicitar as relações entre filosofia, religião e política, e indicar, mesmo que sumariamente, as finalidades da filosofia. Trata-se, assim, de uma filosofia da história da filosofia e uma tal que filosofante. A filosofia é apresentada como sendo uma estratégia histórica, a qual possui duas táticas: a ciência e a política; e se opõe, em fundamento, à religião e à antifilosofia. Seu fim seria o advento daquilo que chamamos de maquinidade, quando as fronteiras biológicas do humano forem rompidas e pudermos realizar o objetivo primeiro da filosofia: conhecer o ser.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, T. W. HORKHEIMER, M. Dialetik der Aufklärung. Philosophische Fragmente. Amsterdam: Querido, 1947

ALLIEZ, E. LAZZARATO, M. Guerres et capital. Paris: Éditions Amsterdam, 2016

SANTO ANSELMO DA CANTUÁRIA. A verdade, SP: AbrilCultural, 1973

ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Loyola, 2002.

ARISTÓTELES. Politikon. Cambrige: Harvard University Press, 1959.

BERGE, D. O logos heraclítico. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro , 1969

CASTRO, E. El Vocabulario de Michel Foucault. Bernal: Universidad Nacional de Quilmes, 2004

CHANTRAINE, P. Dictionnaire étymologique de la langue grecque. Histoire des mots, Paris: Klincksieck, 1968

CHARNAY, J.-P. Metastratégie. Paris: Economica, 1990

CLAUSEWITZ, C. von. Vom Kriege. S.l.: Area, c. 2003

DETIENNE, M.. Os Mestres da Verdade na Grécia Arcaica. Tradução Andrea Daher, RJ: Jorge Zahar, 2003

DIELS, H. KRANZ, W. Die Fragmente der Vorsokratiker in drei Bande. Berlin: Weidmannsche, 1960

DIOGENES LAÉRCIO. Lives of eminent Philosophers. Cambridge/London: Harvard University Press/William Heinemann, 1959

DREYFUS, H. RABINOW, P. Michel Foucault: Beyond Structuralism and hermeneutics. Chicago: University of Chicago Press, 1982

FARRINGTON, B. Greek science. Great Britain: Pelican, 1953

FOUCAULT, M. Dits et écrits 1954-1988: II 1970-1975. Paris: Gallimard, 1994a

_____________. Dits et écrits 1954-1988: II 1976-1980. Paris: Gallimard, 1994b

_____________. Il faut défendre la société (1975-1976). Paris: Gallimard/Seuil, 1997

HAN, B. L’ontologie manquée de Michel Foucault: entre l’historique et le transcendantal. Grenoble: Millon, 1998

HEGEL, G. W. F. Vorlesungen über die Geschichte der Philosophie I. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1971

HEIDEL, W. A. La edad heroica de la ciencia. Tradução Augusta de Mondolfo. Buenos Aires: Espasa-Calpe, 1946

HESIOD. Theogony. Works and Days. Testimonia. London/Cambridge: Harvard University Press, 2006

JACOMY, B. Une histoires des techniques. Paris: Seuil, 2015

KOYRÉ. A. From the closed world to the infinite universe. Baltimore: The John Hopkins University Press, 1957

LLOYD, G.E.R. Early Greek science. Thales to Aristotle. London: Chatto & Windus, 1970

LLOYD, G.E.R. Greek Science after Aristotle. London: Chatto & Windus, 1973

LUIZ, F. A estratégia como móbil: sobre a falha da arqueologia do saber. In PEREIRA, Marcos Paulo Torres. ZONI, Martha (orgs). Encontros com Foucault. Macapá: UNIFAP, 2021a

______. A filosofia, a dominação. Revista Espaço Livre, s/l, vol. 8, num. 16, jul. dez. 2013

______. Filosofia como estratégia, Diaphonia, Toledo, v. 3, n. 2., 2017, p. 159-165

______. Anaximandro, a teleologia e a história. Diaphonía, v. 4, n. 2, 2018.

_______ Michel Foucault: uma ontologia bélica? Ipseitas, São Carlos, vol. 7, n. 2, 86, mai.-ago., 2021b

_______. O conceito de estratégia em Michel Foucault. S.l.: Clube de autores, 2024

_______. Uma reflexão introdutória sobre o polemos no fr. 53 DK de Heráclito. HYPNOS, São Paulo, v. 45, 2º sem., 2020, p. 281-29

LUKÁCS, G. Die Zerstörung der Vernunft. Berlin: Luchterhand, 1962

LUTTWAK, E.. Strategy: the logic of war and peace. Cambridge/London: Belknap Press of Harvard University Press, 2001

LYOTARD, J.-F.. La Condition Postmoderne: Rapport Sur Le Savoir, Paris: Minuit, 1979.

MACHADO, R.. Ciência e saber: a trajetória da arqueologia de Michel Foucault. Rio de Janeiro: Graal, 1988, 2ª ed.

SCHUHL, P.-M.. Maquinismo y filosofia. Buenos Aires: Galatea Nova Visón, 1955.

SERRES, M. (org). Elementos para uma história das ciências vol. I: Da Babilônia à Idade Média. Lisboa: Terramar, 1994

SNELL, B. Die Entdeckung des Geistes. Studien zur Entstehung des europäischen Denkens bei den Griechen. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 2011, 9ª ed.

TOYNBEE, A. Helenismo — história de uma civilização. RJ: Zahar Editores, 1960

Downloads

Publicado

2025-07-26

Como Citar

Luiz, F. (2025). FILOSOFIA COMO ESTRATÉGIA E CIÊNCIA COMO SUA TÁTICA: racionalização e antifilosofia na história do pensamento ocidental. Revista Paranaense De Filosofia, 5(1), 23–45. Recuperado de https://periodicos.unespar.edu.br/rpfilo/article/view/10152

Edição

Seção

Artigos