VIRADA SOCIAL E VIRADA PEDAGÓGICA
MULTIPLICIDADE DAS PRÁTICAS DA ARTE E DOS MODOS DE PARTICIPAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2022.26.1.6898Palavras-chave:
virada social, virada pedagógica, crítica institucional, práticas artísticas e pedagógicasResumo
Este artigo apresenta o significado da expressão virada social cunhada pela britânica, crítica e historiadora de arte, Claire Bishop (2004, 2006, 2012) para denominar práticas artísticas articuladas a problemas sociais. Na sequência, vai descrever e, também, analisar o fenômeno da virada educacional ou virada pedagógica. E, neste recorte temporal e localizado, apresenta os significados desses termos, bem como seus desdobramentos e principais contribuições a partir dos debates entabulados por teóricos, educadores e artistas, com base em um amplo panorama da crítica institucional e do novo institucionalismo, juntamente com algumas das suas repercussões, em especial, no cenário local. O principal objetivo deste estudo vai ser delimitar as características dessas práticas de acordo com a conceituação e o aporte teórico. Em futuro estudo, pretende-se identificar ações locais, algumas das suas características e participantes, condições de autoria, propósitos, tanto convergências quanto divergências em relação aos conceitos e condições da aplicabilidade desse aporte.
Downloads
Referências
AZEVEDO, Elaine; PELED, Yiftah. “Artevismo” Alimentar. Contemporânea. v. 5, n. 2 p. 495-520. Jul.–Dez. 2015. Disponível em: <https://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/view/343/149> Acesso em: jan. 2022.
BANDEIRA, Denise. Ensino das artes visuais em diferentes contextos: experiências educativas, culturais e formativas. 1a Edição. Curitiba: Editora Intersaberes, 2017.
BISHOP, Claire. Antagonism and Relational Aesthetics. October 110, p. 51-79, 2004. Disponível em: <http://www.marginalutility.org/wp-content/uploads/2010/07/Claire-Bishop_Antagonism-and-Relational-Aesthetics.pdf> Acesso em: jan. 2022.
_____. A Virada social: colaboração e seus desgostos. Concinnitas. Ano 9, vol. 1, n. 12, julho 2008. Rio de Janeiro: UERJ. p.145-155.
_____. Antagonismo e Estética Relacional. Revista Tatuí, no 12, 2012a. Disponível em: https://issuu.com/tatui/docs/tatui12/7. > Acesso em: jan. 2022.
_____. Artificial Hells. Participatory Art and Politics of Spectatorship. London, Nova York: Verso, 2012b.
BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. São Paulo: Martins, 2009.
CAMNITZER, Luis. Ni arte ni educación. In: Ni arte ni educación. Una experiencia em la que lo pedagógico vertebra lo artístico. Grupo de Educación de Matadero. Madrid: 2017. P. 19-26. Disponível em: <https://issuu.com/mataderomadrid/docs/ni-arte-ni-educacion.> Acesso em: jan. 2022.
CAMNITZER, Luis. Uma genealogia da arte latino-americana. São Paulo: Fórum Permanente. No 9 abril, 2021. (Texto publicado em 1997). Disponível em: http://www.forumpermanente.org/revista/periodico-permanente-9/textos-em-pdf/uma-genealogia-da-arte-conceitual-latino-americana-versao-pdf> Acesso em: jan. 2022.
_____. A arte como atitude. Entrevista concedida a Cayo Honorato. Concinnitas, Rio de Janeiro, ano 9, n. 12, v. 1, p. 79-85, jul. 2008. Disponível em: <https://issuu.com/websicons4u/docs/revista12>. Acesso em: jan. 2022.
_____. Conceptualism in Latin American Art: Didactics of Liberation. Austin: University of Texas Press, 2007.
_____. Introdução. In: PÉREZ-BARREIRO, G.; CAMNITZER, L. (Org.). Educação para a arte/Arte para a educação. Porto Alegre: Fundação Bienal do Mercosul, 2009. p. 13-24.
CASTELLANO, Carlos Garrido; RAPOSO, Paulo. Textos para uma História da Arte Socialmente Comprometida. Lisboa: Sistema Solar/Documenta: 2019.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREITAS, Artur. Corpo em festa: Frederico de Morais e o Sábado da Criação. VIS. Revista do Programa de Pós-graduação em Arte da UnB, Brasília, v. 13, n. 1, jan./jun. 2014. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/revistavis/article/download/15223/10901>. Acesso em: 4 jan. 2022.
GONÇALVES, Mônica Hoff. Virada educacional nas práticas artísticas e curatoriais contemporâneas e o contexto brasileiro. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais). , 272 f. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Artes. Porto Alegre, 2014.
FOSTER, Hal. O retorno do real: a vanguarda do século XX. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
HELGUERA, Pablo. Cruzando fronteiras entre educação, arte e política: o projeto da Escuela Panamericana del Desasosiego. E entrevista realizada por Cayo Honorato, em 02/09/2010. São Paulo: Fórum Permanente. Vol 1. N. 1. 2012. Disponível em: <http://www.forumpermanente.org/revista/edicao-0/entrevistas/pablo-helguera> Acesso em: jan. 2022.
_____. Education for Socially Engaged Art: a Materials and Tecniques Handbook. New York: Jorge Pinto Books, 2011a.
_____. Transpedagogia. In: HELGUERA, Pablo; GONÇALVES, Mônica Hoff (Org.). Pedagogia no campo expandido. Porto Alegre : Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2011b. P. 11-12.
HONORATO, Cayo. Educação, Arte e Política à sombra de Paulo Freire. Relato. Fórum Permanente. Eventos. Relato sobre a Mesa 2 do Seminário Internacional sobre Educação, Arte e Política, da 29a Bienal de São Paulo, realizada no dia 21/08/2010, das 10h às 13h, no auditório do MAC-Ibirapuera.
RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas Exu como Educação. Revista Exitus, 9(4), 2019. p. 262 - 289.
KESTER, G. H. Colaboração, arte e subculturas. In: HARA, H. (Org.). Caderno Videobrasil 02: Arte Mobilidade Sustentabilidade. São Paulo: Associação Cultural Videobrasil, Sesc São Paulo, 2006.
_____. Conversation Pieces: Community and Communication in Modern Art. Oakland: University of California Press, 2004.
KWON, Miwon. Um lugar após o outro: anotações sobre o site- specificity. Revista Arte & Ensaios 17. Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, EBA, UFRJ, Rio de Janeiro, 2008.
LÁZÁR, Eszter. Educational turn. Curatorial Dictionary, 2012. Disponível em: <http://tranzit.org/curatorialdictionary/index.php/dictionary/educational-turn/>. Acesso em: 4 jan. 2022.
MONTERO, Javier Rodrigo. Las pedagogias colectivas como trabajo en red: itinerários posibles. In: COLLADOS, A.; MONTERO, J. R. (Ed.). Pedagogias coletivas e políticas espaciais. Granada: Diputación de Granada, 2010. p. 66-76.
MORAIS, Frederico. A arte não pertence a ninguém. [entrevista]. Revista UFMG, Belo Horizonte, v. 20, n.1, pp. 336-351, jan./jun. 2013.
O’NEILL, Paul; WILSON, Mick (Eds.). Curating and the educational turn. London /Amsterdam: Open Edition / De Appel, 2010. Disponível em: <http://betonsalon.net/PDF/essai.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2022.
POÇAS, Andreia Molar. An educational turn in curatorial and artistic practices. Falmouth: UC Falmouth, 2010. Disponível em: < http://s3.amazonaws.com/arena-attachments/74868/pdf.pdf?1360389419> Acesso em: 4 jan. 2022.
PODESVA, Kristina L. A Pedagogical Turn: Brief Notes on Education as Art. Fillip 6/2007; fillip.ca, Fillip. Web. 2012.szept. 9, 2017. Disponível em: < http://fillip.ca/content/a-pedagogical-turn >: Acesso em: jan. 2022.
RANCIÈRE, Jacques. O Espectador Emancipado. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
_____. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
ROGOFF, Irit. Turning. In: O’NEILL, Paul; WILSON, Mick (Eds.). Curating and the educational turn. London / Amsterdam: Open Edition / De Appel, 2010. Disponível em: < http://betonsalon.net/PDF/essai.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2022.
SHEIKH, Simon. Notes on institutional critique, 2006. Disponível em: <https://transversal.at/transversal/0106/sheikh/en>. Acesso em: 4 jan. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores detém os direitos autorais, ao licenciar sua produção na RevistaCientífica/FAP, que está licenciada sob uma licença Creative Commons. Ao enviar o artigo, e mediante o aceite, o autor cede seus direitos autorais para a publicação na referida revista.
Os leitores podem transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na revista, desde que haja sempre menção explícita ao(s) autor (es) e à Revista Científica/FAP não sendo permitida qualquer alteração no trabalho original. Ao submeter um artigo à Revista Científica/FAP e após seu aceite para publicação os autores permitem, sem remuneração, passar os seguintes direitos à Revista: os direitos de primeira edição e a autorização para que a equipe editorial repasse, conforme seu julgamento, esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência.