"UMA DELICADEZA INTRÍNSECA QUE PERMEAVA O AMBIENTE" : EXPERIÊNCIA E EMANCIPAÇÃO NA RECEPÇÃO DE ROCCO E SEUS IRMÃOS, DE LUCHINO VISCONTI
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2018.18.1.2308Resumo
Resumo: Trato aqui de experiências que as pessoas têm como espectadoras de cinema, tendo como foco os modos de o cinema tocar essas pessoas, comprometê-las consigo mesmas como sujeitos que veem. Busco em relatos de espectadores, mais que nas teorias sobre o espectador, o ponto de mirada, ainda que eu valorize também um certo diálogo com autores que me permitem uma maior reflexão acerca da experiência e da formação do espectador. Assim, Walter Benjamin (2012) e Jorge Larrosa (2002, 2016) ajudam-me a pensar o conceito de experiência e o papel da subjetividade naquilo que se constitui em uma experiência para nós; Alain Bergala (2008) traz este conceito para o centro da formação do espectador, e Jacques Rancière (2011, 2015), Adriana Fresquet (2013) e Cezar Migliorin (2010, 2015) me dão suporte para pensar a experiência do cinema como um ato de transformação e autoformação do sujeito em um espectador emancipado. Mas são nas palavras de experiências compartilhadas por um grupo de espectadores sobre o filme Rocco e seus Irmãos (Luchino Visconti, 1960) que terei minha fonte principal para contemplar formas de experienciar um filme, bem como o papel da subjetividade na abertura a um olhar emancipado na relação do sujeito com a obra. Este artigo é dedicado a estas pessoas.
Palavras-chave: Cinema. Experiência. Espectador Emancipado. Estudos da Recepção.
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