Arte relacional e regime estético: a cultura da atividade dos anos 1990

Autores

  • Ricardo Nascimento Fabbrini

DOI:

https://doi.org/10.33871/19805071.2010.5.1.1563

Resumo

O artigo mostra que na arte relacional, na expressão de Nicolas Bourriaud,
dos anos 1990, é visí­vel a tentativa de embaralhar arte e vida, o que a remete aoimaginário das vanguardas artí­sticas do século 20. Procura, contudo, distinguir oprojeto moderno de superação da relação entre arte e vida desta proposta de "artecolaborativa" que tomamos como sintoma da arte contemporânea. Seu objetivo éassim examinar se essas "práticas colaborativas e interdisciplinares" que seaproximam do mundo da vida " segundo também Jacques Rancière e Hans Obrist "articulam os elementos do presente no gesto estético ou na forma artí­stica " de modoa relacionar, na metáfora, estética e polí­tica " ou se essas práticas, ao contrário,atestam a neutralização da poética e o desvanecimento da polí­tica. Para tantoindagamos, a partir de Jean Galard, se esses espaços substitutivos podem funcionarefetivamente como elementos de recomposição dos espaços polí­ticos, ou se elescorrem o risco de assumirem a função de seus substitutos paródicos; ou seja: se natentativa de suprir a ausência de polí­ticas sociais, o que terí­amos nos espaços de arterelacional é uma sociabilidade glamourizada, fictí­cia – um simulacro da sociabilidade
dita real porque fundada na imprevisibilidade e nos conflitos.


Palavras"chave: Arte contemporânea, Estética Relacional; Comunicação; Polí­tica;Curadoria.

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Publicado

2010-06-01

Como Citar

FABBRINI, Ricardo Nascimento. Arte relacional e regime estético: a cultura da atividade dos anos 1990. Revista Cientí­fica/FAP, Curitiba, v. 5, n. 1, 2010. DOI: 10.33871/19805071.2010.5.1.1563. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/revistacientifica/article/view/1563. Acesso em: 26 dez. 2024.