O OVO NEOCONCRETO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/21750769.2023.16.1.7424

Palavras-chave:

Ovo, Neoconcretismo, Natureza, Cultura

Resumo

O artigo reflete a respeito do peculiar interesse que um setor da arte neoconcreta pareceu manifestar a respeito da centralidade atribuída à figura do “ovo” e de seus correlatos no plano biológico e vital. Esta pequena antessala embrionária possui uma arquitetura interna complexa e uma ocupação gestatória dinâmica, que serve de arquétipo privilegiado para práticas estéticas que surgiram no interior da produção artística do neoconcretismo brasileiro, notadamente nos trabalhos de Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica. Ao recorrer a hipóteses filosóficas contemporâneas a propósito dos problemas suscitados pela agência embrionária do ovo no interior do pensamento representativo, a partir das reflexões de Gilles Deleuze e de Peter Sloterdijk, pretende-se sugerir a maneira pela qual estes artistas foram responsáveis por embaralhar os polos tradicionalmente atribuídos à natureza e cultura, contribuindo para o tensionamento de um dos binômios mais fundamentais no interior do pensamento ocidental.

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Biografia do Autor

Leonardo Rodrigues, Universidade de São Paulo (USP)

Mestrando em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), sob orientação do Prof. Dr. Celso Fernando Favaretto. Possui bacharelado em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) - Campus de Marília. Tem especialidade nas áreas de Estética e História da Arte, com ênfase em Arte Moderna e Contemporânea. Atualmente desenvolve um projeto de pesquisa cujo título é "A vanguarda indecidível: o problema da neovanguarda artística entre o moderno e o contemporâneo".

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Publicado

11-07-2023

Como Citar

Rodrigues, L. (2023). O OVO NEOCONCRETO. O Mosaico, 16(1). https://doi.org/10.33871/21750769.2023.16.1.7424

Edição

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