A AUTONOMIA DA MULHER QUE DANÇA A DOIS PARA A ATUAÇÃO NAS RELAÇÕES SOCIAIS E DE ENSINO
DOI:
https://doi.org/10.33871/21750769.2021.13.2.4082Resumo
O presente artigo tem por objetivo discutir a autonomia da mulher nas danças a dois etrazer reflexões e outros parâmetros para o ensino dessas danças que, ainda é pautado, em grandeparte, na desigualdade entre gêneros, principalmente no que diz respeito às tomadas de decisãodurante as danças a dois. As mulheres vêm exercendo um papel importante na sociedade como umtodo, desempenhando cada vez mais protagonismo em âmbito pessoal, profissional e nas instânciaspolíticas, o que acaba por estimular uma reflexão sobre o desenvolvimento da autonomia da mulhernas danças de salão. A partir de revisão de literatura que apresenta um breve histórico sobre odesenvolvimento destas danças, nas quais as relações entre mulher e homem são dimensionadaspelas funções de dama e cavalheiro, se levanta uma definição de autonomia fundamentada comoparâmetro sistêmico, que possibilita entender a necessidade de se gerar ambientes e práticas paradesenvolvimento da autonomia das mulheres que dançam a dois, ou a duas, em virtude de que,autonomia não é algo dado a priori e sim, construído e estruturado nas experiências da vida. Odiálogo com os autores e histórico se dá articulado com as experiências que advém da práticaprofissional da autora deste artigo. Como dança social, as danças de salão tendem a apresentare refletir em suas práticas, as mesmas estruturas e características sistêmicas da sociedade comomachismo, homofobia, racismo entre outros aspectos mantidos por uma tradição e conservadorismo,pouco discutido nestas danças. A dança social deve ser expressão de felicidade, de conhecimentode si, de potencialidades humanas e pesquisar autonomia nessa prática, é um estudo de amplapluralidade de conhecimento.
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