Cabra marcado para morrer
DOI:
https://doi.org/10.33871/21750769.2017.9.1.1894Resumo
O texto procura, através das ferramentas da análise fílmica e do ensaio crítico, depreender os princípios de uma noção particular de cinema a partir do filme Cabra marcado para morrer (1984) de Eduardo Coutinho. O reencontro com Coutinho representou ao mesmo tempo um retorno à casa onde cresci e o ponto de chegada na maturação do olhar. Com seus filmes redescobri o cinema como ferramenta de investigação do mundo e o cineasta como funcionário do real, ou seja, alguém cujo trabalho é necessariamente condicionado por aquilo que a vida cotidiana lhe impõe. Outra experiência fundamental foi a imersão no ensaísmo crítico. A prosa aqui é contaminada pela leitura apaixonada de crítica de cinema. Como lá, este texto só faz sentido para o leitor que viu o filme; ele é a primeira e mais importante referência. Da crítica herdamos, também, algumas ferramentas de abordagem e certa liberdade na escrita - às vezes garantida e estimulada pela universidade, às vezes não – e um investimento de fé na liberdade de leitura.Downloads
Referências
BIBLIOGRAFIA
COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder. Belo horizonte: Editora UFMG, 2008.
OHATA, Milton (org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
FILMOGRAFIA
"A família de Elizabeth Teixeira (2014)". Eduardo Coutinho. (64min): sonoro, colorido. *extra de DVD.
"A regra do jogo (1939)". Jean Renoir. (113 min): sonoro, p&b.
"Cabra marcado para morrer (1984)". Eduardo Coutinho. (119 min): sonoro, colorido.
"Cinco vezes favela (1962)". Marcos Farias, Miguel Borges, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e Leon Hirszman. (92 min): sonoro, p&b.
"Jogo de cena (2007)". Eduardo Coutinho. (105 min): sonoro, colorido.
"Louis Lumière (1966)". Eric Rohmer. (66 min.): sonoro, p&b.
"Santo forte (1999)". Eduardo Coutinho. (80 min): sonoro, colorido.
"Sobreviventes de Galiléia (2014)". Eduardo Coutinho. (27 min): sonoro, colorido. *extra de DVD.
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