SANTIAGO: O CINEMA DE AFETOS DE JOÃO MOREIRA SALLES
DOI:
https://doi.org/10.33871/21750769.2017.9.1.1814Resumo
Narrado em primeira pessoa, na voz do irmão Fernando Moreira Salles, Santiago é um filme sobre afetos, memória, identidade e natureza do documentário. Na ocasião da filmagem, esse material chegava a 30 mil páginas, cuidadosamente acomodadas no pequeno apartamento do Leblon onde vivia o ex-mordomo e as filmagens foram realizadas. As imagens para o filme foram feitas em 1992 e Moreira Salles sentiu-se impossibilitado de montá-las. Retomou o projeto 13 anos depois e conseguiu editar o material. Há uma tendência de uma estética do afeto no documentário brasileiro contemporâneo, tendo em vista certas maneiras de filmar, modos de constituição das imagens, procedimentos formais e estéticos assumidos pelas obras. É o caso, por exemplo, da recorrência com que o afeto surge para pensar a estética do fluxo no cinema contemporâneo. Em Santiago, Moreira Salles deixa transparecer abordagens guiadas pelo afeto e pela proximidade e pelo desejo de proximidade com o objeto do filme.Downloads
Referências
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