Qualidade e técnica de curtimento em couros de linguados

Authors

  • Katia Kalko Schwarz Unespar campus Paranaguá
  • Suelen Cunha Agostinho Unespar campus Paranaguá
  • Nagila De Souza Pereira Unespar campus de Paranaguá

DOI:

https://doi.org/10.33871/23594373.2018.20.01.2119

Abstract

O presente estudo foi realizado com os objetivos de avaliar as caracterí­sticas histológicas das epidermes de linguado (Paralichthys spp.) e no desenvolvimento de técnica curtente com tanino vegetal de mimosa, avaliando a resistência do produto final totalmente isento de sais de cromo. Após o curtimento das peles foram retirados corpos-de-prova no sentido longitudinal e transversal em relação ao comprimento do peixe, submetendo-se ao teste de resistência. O couro do linguado-abaxial (pele branca) e linguado-axial (pele preta) apresentou diferenças morfológicas na flor da pele. Os testes de resistência à tração, alongamento e força máxima aplicada até a ruptura no sentido longitudinal foram significativos (P<0,05), porém no sentido transversal os valores não diferiram. O linguado-abaxial apresentou resultados de 18,10N/mm², 55,75 %e 104,84 N. Comparado ao linguado-axial, 20,97 N/mm², 44,25% e 145,2 N. Ambas as peles diferiram quanto à disposição das fibras colágenas e espessura dos couros. O couro do linguado-axial pode ser utilizado na confecção de cabedal de moda (vestuários) e o couro do linguado-abaxial para customizações, visto ser este de menor espessura. Estes estudos sugerem que a quantidade das fibras colágenas, bem como a sua disposição nas peles do linguado podem ter interferido na determinação da resistência após o curtimento.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Katia Kalko Schwarz, Unespar campus Paranaguá

Possui graduação em Zootecnia - Faculdades Integradas Espí­rita (1997), mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná (2002) e doutorado em Zootecnia/Piscicultura pela Universidade Estadual de Maringá (2009). Atualmente é professora Associada da Unespar campus de Paranaguá, ministra as disciplinas de Aquicultura, Anatomia e Fisiologia Animal Comparada para os Cursos de Ciências Biológicas Bacharel e Licenciatura. Tem experiência na área de Zootecnia e Biologia, com ênfase em Piscicultura, atuando principalmente nos seguintes temas: fisiologia animal, nutrição de peixes, couro de peixes, comunidade, educação ambiental, geração de trabalho e renda e extensão tecnológica. Bolsista em "Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora" - DT pelo CNPq.

Suelen Cunha Agostinho, Unespar campus Paranaguá

Aluna do curso de Graduação em Ciências Biológicas-Licenciatura. Estaguária LABMEA

Nagila De Souza Pereira, Unespar campus de Paranaguá

Aluna do curso de Graduação em Ciências Biológicas-Licenciatura. Estagiária Curtume Comunitário de Couros de Peixes

References

ADEODATO, S. Peles exóticas e ecológicas. Globo Ciência, v.51, p.56-60, 1995.

ASSOCIAÇíO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 10455: Climatização de materiais usados na fabricação de calçados e correlatos. Rio de Janeiro, p.1-2, 1988.

ASSOCIAÇíO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 11055: Couro - determinação da força de rasgamento progressivo. Rio de Janeiro, p.1-4, 1997.

ASSOCIAÇíO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 11032:Peles e couros - Tomada do pedaço de prova - Procedimento. Rio de Janeiro, p.1-2, 2013.

ASSOCIAÇíO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 11041: Couros - determinação da resistência í tração e alongamento. Rio de Janeiro, p.1-5, 1997.

ASSOCIAÇíO BRASLEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 2589: Couro - Ensaios fí­sicos e mecânicos - Determinação da espessura. Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇíO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 13525: Ensaios fí­sicos e quí­micos em couro - Valores orientativos para aceitação de couros. Rio de Janeiro, p. 1-10, 2016.

BRANDíO, W. N. Dossiê técnico: curtimento de peles exóticas - peixes e rãs. Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA, 2007.

CARDOSO, J. O desing industrial como ferramenta para a sustentabilidade: estudo de caso do couro de peixe. Revista espaço acadêmico, nº 114, Nov, 2010.

FRANCO, M. L. R.; FRANCO, N. P.; GASPARINO, E. et. al. Comparação das peles de tilápia do Nilo, pacu e tambaqui: Histologia, composição e resistência. Acta Tecnológica, v.62, n.237, p.21-32, 2013.

FRANCO, M. L. R; PRADO, M.; FERNANDES, V. R. T.; DELBEM, A. C. B.; LARA; J. A. F.; BIELAWSKI, K.; GASPARINO, E.; VESCO, A. P. Pele de surubim: morfologia e resistência do couro com adição de óleo no engraxe. Acta Tecnológica, v. 9, nº 1, p. 1-8, 2014.

FRANCO, M. L. R.; VIEGAS, E. M. M., KRONKA, S.N., et al. Qualidade de resistência do couro de tilápia do Nilo em função da técnica de curtimento. Acta Tecnológica, v. 10, n.1, p. 24-31, 2015.

GODOY, L. C., et al. "Testes fí­sico-mecânicos e fí­sico-quí­micos do couro da tilápia vermelha". Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, p.475-480, 2010.

HOINACK, E. Peles e couro:origens, defeitos e industrialização. 2ºed. Ver. E ampl. Porto Alegre: CFP de Artes Gráficas "Herique d"™ívila Bertaso", p. 319, 1989.

INSTITUTO DE PESCA (IP). Disponí­vel em: <http://www.propesq.pesca.sp.gov.br/>. Acesso em: 02 de fevereiro de 2018.

JUNQUEIRA, L. C. U.; JOAZEIRO, P.P.; MONTES, G. S. et al. É possí­vel o aproveitamento industrial da pele dos peixes de couro? Tecnicouro, v.5, n.5, p.4-6, 1983.

Leal, L. C. N., & Bemvenuti, M. A. Levantamento e caracterização dos peixes mais freqüentes no mercado público do Rio Grande. Caderno de Ecologia Aquática, 1(1), 45-

SCHWARZ, K. K. E ROVEDA, L. F. Projeto Couro de Peixe e a Implantação de curtumes comunitários. In: 33ª SEURS, UNIPAMPA, Bagé, 2015.

SOUZA, M. L. R. et al. Análise da pele de três espécies de peixes: histologia, morfometria e testes de resistência. Rev. Bras. Zootec, v. 32, p. 1551-1559, 2003.

SOUZA, M. L. R. Tecnologia para processamento das peles de peixe. Maringá: Eduem, p.59, (Coleção Fundamentum, 11), 2004.

SOUZA, M. L. R. & SILVA, L. O. Efeito de técnicas de curtimento sobre a resistência feito do couro da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Acta Scientarium, v. 27, n.4, p. 535-540, 2005.

SOUZA, M. L. R. et al. Histologia da pele da carpa prateada (Hypophthalmichthys molitrix) e teste de resistência do couro. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.4, p. 1265-1272, 2006.

VIEGAS, E. M. M. & SOUZA, M. L. R..Técnicas de Processamento de Peixes. Centro de Produções Técnicas, Viçosa, p. 256, 2011.

Published

2019-02-07