Uma análise da formação artí­stica dos concretistas paulistas pelo método da biografia coletiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2021.8.1.138-152

Palavras-chave:

Formação artí­stica, Concretismo, São Paulo, Arte moderna

Resumo

O concretismo paulista foi movimento de vanguarda atuante na década de 1950. O objetivo deste artigo é apresentar e analisar a formação artí­stica dos artistas visuais e poetas concretistas. Essa formação pode ser dividida em dois polos. O polo mais formal envolveu escolas de arte, ateliês de professores artistas e escolas profissionalizantes. Já o polo menos formal reuniu novos locais de socialização, como museus de arte, a Seção de Arte da Biblioteca Municipal e bares, todos na cidade de São Paulo. O método utilizado foi o da biografia coletiva, segundo o proposto por Christophe Charle. Os materiais foram monografias sobre artistas, trabalhos acadêmicos, artigos de jornais, manifesto e livros de historiografia da arte e sociologia. As considerações finais discutem a importância dos espaços não formais de formação artí­stica para o movimento concretista.

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Biografia do Autor

Luis Sandes, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

Doutorando junto ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), sob orientação do prof. dr. Agnaldo Farias. Pesquisa a relação de artistas contemporâneos brasileiros com a abstração geométrica. Pesquisou o concretismo paulista, uma vanguarda moderna da abstração geométrica, durante seu mestrado, tendo obtido como resultado, além da dissertação, diversas publicações acadêmicas (incluindo entrevistas com colecionador e artistas). Suas publicações encontram-se reunidas em: <https://usp-br.academia.edu/LuisFSSandes>. Orcid: <http://orcid.org/0000-0003-1762-1412>. E-mail: <luis.sandes@usp.br>.

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Publicado

2021-05-31

Edição

Seção

Artigos