PROCESSOS CRIATIVOS, INACABAMENTO E FANTASIA NO FILME "O SOL DO MARMELEIRO"

Autores

  • Mónica Santana Baptista Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa. Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2016.3.2.44-58

Palavras-chave:

Arte. Cinema. Inacabamento. Criatividade. Autoria

Resumo

Partindo do filme "O Sol do Marmeleiro" , pretende-se problematizar os processos criativos de trabalho do artista, nomeadamente as dificuldades que o artista enfrenta relativamente ao inacabamento da obra, sua relação com o objecto representado e ainda à projecção das suas fantasias nessa obra. O filme de Victor Erice servir-nos-á ainda para aprofundar a questão da materialização do tempo em cinema e em pintura, de que forma essa fixação é sempre em última análise fugidia. Os processos criativos do filme - que passam pela tentativa do pintor Antonio Lopez representar a luz de um marmeleiro e da consequente tentativa de o realizador registar essa tentativa de representação - serão analisados para um aprofundamento da relação entre artista, sonho e infância, bem como as noções de autoria, autobiografia e do fazer arte. Teremos em consideração os estudos que nos pareceram relevantes de autores como Bakhtin, Blanchot, Maria Mendes, Didi-Huberman e Merleau-Ponty, buscando exemplos comparativo de outros artistas como Marcel Proust, Virginia Woolf e Rilke, que visam tornar a nossa análise transversal a todas as formas de arte.

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Biografia do Autor

Mónica Santana Baptista, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa. Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa.

DOUTORANDA em Artes Performativas, do Espectáculo e da Imagem em Movimento. Professora da Área de Argumento do Departamento de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema, do Instituto Politécnico de Lisboa. Realizadora e Argumentista desde 2005.

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Publicado

2016-12-25

Edição

Seção

Artigos