Graffiti:

Patrimônio cultural material ou imaterial?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2023.10.01.97-110

Resumo

Discute o graffiti como patrimônio cultural e propõe que este possa ser preservado para as futuras gerações. Reconhece-se o aspecto paradoxal que obras do tipo graffiti inspiram em relação à proposta de sua institucionalização e salvaguarda, posto o princípio de efeméride que carrega em si. Questiona-se: o graffiti é caracterizado como patrimônio cultural material ou imaterial? Como objetivo geral, propôs-se compreender conceitos que caracterizem o graffiti como patrimônio cultural, passível de ser documentado e preservado, e, para o seu alcance, definiu-se por analisar propostas de convergência entre os graffiti e os bens culturais materiais e imateriais de modo que contribuam para o tratamento documental dos graffiti. A pesquisa, com abordagem qualitativa e de natureza teórico-conceitual, apresenta objetivos exploratórios e faz uso de procedimentos bibliográficos e documentais. Resulta que o graffiti enquadra-se tanto na categoria de patrimônio cultural imaterial quanto material: imaterial, por estar incluído no âmbito das artes visuais como saber e forma de expressão artística, e, material, por gerar um produto tangível realizado pela mão humana por meio de uma técnica. O graffiti é passível de ter o tratamento documental tanto por conta de seus aspectos materiais quanto imateriais, o que o consagra como recurso informacional de bens culturais.

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Biografia do Autor

Fabio Rogério Batista Lima, UNESP Marília

Universidade Estadual Paulista – UNESP/Marília. Graffiti Writer, professor e pesquisador. Pós-doutoramento em Artes, Ciência da Informação e Comunicação por meio do CNPq PDJ Bolsas Especiais no País e Exterior com o tema TELAS URBANAS: representação documental para acesso e visibilidade aos graffiti. Doutor em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Estadual Paulista FFC, Campus de Marília. Possui experiência na área de Artes e Ciência da Informação, com ênfase nos seguintes temas: Graffiti, Museus de arte, Museu Virtual, Representação da informação em artes visuais, Patrimônio Cultural, Semiótica, Intersemioses Digitais, Metadados, Padrões de metadados no universo museológico.  Faz parte do Grupo de Pesquisa Tecnologia em Ambientes informacionais e Inovação GPTAI/UFSCar, linha de pesquisa: Patrimônio, memória e identidade cultural. Atualmente é Professor associado como orientador de alunos no Instituto de Pesquisas e Educação Continuada Economia e Gestão de Empresas PECEGE/ESALQ-USP. Marília, SP, Brasil

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Publicado

2023-06-23

Edição

Seção

Artigos