O CRISTO DE JUAN DE LA CRUZ E O ÊXTASE COMO MÉTODO ARTÍSTICO

Autores

  • Teresa Lousa Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2016.3.2.1-11

Palavras-chave:

Juan de la Cruz, Francisco de Holanda, êxtase, melancolia, furor divino.

Resumo

Resumo: Francisco de Holanda (1517- 1585) e Juan de la Cruz (1542- 1591) são dois protagonistas do século XVI que, apesar de não se terem conhecido, apresentam alguns aspectos conciliadores. Neste pequeno artigo propomos estabelecer uma relação entre o esquisso de Juan de la Cruz, "Cristo Crucificado" , desenhado em estado de êxtase, e a teoria acerca do furor divino como método artí­stico em Francisco de Holanda.O êxtase como estado de máximo arrebatamento, desvela a faceta mí­stica de ambos, mas antecipa também o ideal do Barroco. Apesar deste traço de modernidade esta tendência que se assinala no século XVI remete para a Antiguidade, nomeadamente a Platão, que vê a na "boa loucura" uma forma de aproximação ao divino, um tipo de loucura que também parece atormentar os artistas e os poetas. O êxtase, que sempre esteve no encalço do mundo das artes como se de uma corrente magnética se tratasse, leva a réplicas tão espetaculares quão inusitadas, como seja o caso do famoso "Cristo de Juan de la Cruz" de Salvador Dali, que acabou por se tornar o maior embaixador do Mí­stico.

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Biografia do Autor

Teresa Lousa, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

Doutorada em Ciências da Arte, FBAUL, 2013, Professora Assistente Convidada de Estética I e Estética II, responsável pela apresentação de diversas sessões temáticas ao Doutoramento em Ciências da Arte e Património na FBAUL, Investigadora do CIEBA, Investigadora e Bolseira do CHAM – Projecto "Gerações Hispânicas".

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Publicado

2016-12-21

Edição

Seção

Artigos