O artivismo nas artes marciais

ativismo e performance entre garotas negras lutadoras no Brasil

Autores

  • Antonia Gabriela Pereira de Araujo

DOI:

https://doi.org/10.33871/19805071.2023.29.2.8173

Palavras-chave:

corporeidade, garotas negras, ativismo, artes (marciais)

Resumo

Este artigo discute como jovens negras nas favelas do Rio de Janeiro ativam a corporeidade como território de arte e ativismo a partir das artes marciais. Partindo de tensionamentos e fissuras nas noções de ativismo, feminilidade/masculinidade e das concepções de gênero baseadas em quadros normativos do Pensamento Ocidental, discuto partes importantes da minha tese onde as experiências vividas de garotas jovens com o boxe se tornam um lugar seguro para seguirmos os rastros de um projeto político do que é "Ser" e "Se tornar" uma mulher negra no Brasil. Minha tese analisa como Jovens garotas negras estão transformando seus territórios-corpos em terrenos políticos de expressão de uma subjetividade negra dissidente em relação a lugares socialmente normalizados, generificados, racializados e estigmatizados. O objetivo é vislumbrar a corporeidade negra como território político não somente na prática dos esportes, mas como manifestação dissidente que incita e frissura as estruturas normalizadoras e "representativas" que tentam simplificar e enfraquecer as "respostas criativas" (FERGUSON, 2000) ou as "fabulaçoes críticas" (HARTMAN, 2008) dos sujeitos negros ao colocar o corpo negro absolutamente como lugar de dor, trauma ou de prazer para os olhos do Ocidente.

 

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Publicado

2023-12-13

Como Citar

PEREIRA DE ARAUJO, Antonia Gabriela. O artivismo nas artes marciais: ativismo e performance entre garotas negras lutadoras no Brasil. Revista Científica/FAP, Curitiba, v. 29, n. 2, p. 268–291, 2023. DOI: 10.33871/19805071.2023.29.2.8173. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/revistacientifica/article/view/8173. Acesso em: 4 out. 2024.