O artivismo nas artes marciais
ativismo e performance entre garotas negras lutadoras no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2023.29.2.8173Palavras-chave:
corporeidade, garotas negras, ativismo, artes (marciais)Resumo
Este artigo discute como jovens negras nas favelas do Rio de Janeiro ativam a corporeidade como território de arte e ativismo a partir das artes marciais. Partindo de tensionamentos e fissuras nas noções de ativismo, feminilidade/masculinidade e das concepções de gênero baseadas em quadros normativos do Pensamento Ocidental, discuto partes importantes da minha tese onde as experiências vividas de garotas jovens com o boxe se tornam um lugar seguro para seguirmos os rastros de um projeto político do que é "Ser" e "Se tornar" uma mulher negra no Brasil. Minha tese analisa como Jovens garotas negras estão transformando seus territórios-corpos em terrenos políticos de expressão de uma subjetividade negra dissidente em relação a lugares socialmente normalizados, generificados, racializados e estigmatizados. O objetivo é vislumbrar a corporeidade negra como território político não somente na prática dos esportes, mas como manifestação dissidente que incita e frissura as estruturas normalizadoras e "representativas" que tentam simplificar e enfraquecer as "respostas criativas" (FERGUSON, 2000) ou as "fabulaçoes críticas" (HARTMAN, 2008) dos sujeitos negros ao colocar o corpo negro absolutamente como lugar de dor, trauma ou de prazer para os olhos do Ocidente.
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