Mãe-Artista

reflexões sobre autobiografia e maternidade na cena teatral contemporânea

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/19805071.2023.29.2.8040

Palavras-chave:

autobiografia, maternidade, feminismos, teatro, performance

Resumo

Neste artigo proponho investigar pontos de cruzamento entre maternidade, autobiografia e a cena teatral contemporânea a partir das obras Stabat Mater, de Janaina Leite e Mãe ou Eu também não gozei, de Letícia Bassit. Reflito sobre o lugar ocupado pela mãe e suas representações a partir de uma perspectiva feminista, analisando o diálogo entre a cena e as dimensões estética e política dessa condição, considerando o caráter interseccional e a pluralidade de subjetividades que caracterizam a maternidade. Nesse percurso também apresento o processo criativo de Pátria-mãe, trabalho artístico autoral realizado com a intenção de experimentar na prática os conceitos e procedimentos explorados na pesquisa teórica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariela Lamberti de Abreu, UNESP

Mariela Lamberti é artista e pesquisadora na área de criação artística de mulheres, com experiência teatral em atuação, direção e dramaturgia. 

Doutora pelo Instituto de Artes da UNESP com pesquisa sobre autobiografias teatrais femininas, mestre em Artes Cênicas pela ECA - USP, e graduada em Psicologia pela UEM. 

Atualmente participa do Núcleo de Pesquisa do Grupo XIX de Teatro, com direção de Juliana Sanches; e do Coletivo Impermanente, com direção de Marcelo Varzea.

Lucia Romano, unesp

[1] Bacharel em Teoria do Teatro pela ECA / USP, Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC / SP e Doutora pela ECA-USP, tem experiência nas áreas de Artes Cênicas, com ênfase em interpretação teatral, performance, corporeidade, performatividade de gênero, teatro feminista e processos criativos. Docente do Instituto de Artes da Unesp, nos cursos de Graduação e Pós-Graduação Lato Sensu e Stricto Sensu. Co-coordenadora do Grupo de Pesquisa Mulheres da Cena da ABRACE - Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas, e Coordenadora do Grupo de Pesquisa "Poéticas da Atuação" do CNPq. Editora da revista acadêmica ‘Rebento’, e colaboradora das revistas ‘Urdimento’, ‘Arts Research Journal’, ‘Sala Preta’ e ‘Alberto’, entre outras. Autora dos livros 'Teatro do Corpo Manifesto: Teatro Físico' (Ed. Perspectiva, 2005) e 'De quem é esse corpo: A performatividade do gênero feminino no teatro contemporâneo’ (Ed. Unesp, 2017), além de capítulos de livros. Atriz fundadora dos grupos teatrais Barca de Dionisos e Teatro da Vertigem, atua hoje na Cia Livre de Teatro (São Paulo / Brasil).

Referências

BARAITSER, Lisa. Maternal Encounters: The Ethics of Interruption. New York: Routledge, 2009.

BASSIT, Letícia. Mãe ou Eu também não gozei. São Paulo: Editora Patuá, 2019.

BERTE, Odailso Sinvaldo. O processo criativo como espaço-fronteiriço matricial. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, v.2, n.38, Florianópolis, p.1-32, 2020.

BORGES, Clarissa Monteiro. O parto nas artes visuais: uma abordagem histórica e feminista do nascimento e da maternidade. 318 f. Tese (Doutorado em História) -Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.te.2019.2464

DIÉGUEZ, Ileana. Desmontagem Cênica. Revista Rascunhos - Caminhos da Pesquisa em Artes Cênicas, [S. l.], v. 1, n. 1, 2014. Trad. José Raphael Brito dos Santos; Gilberto dos Santos Martins. DOI: 10.14393/RR-v1n1a2014-01. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/rascunhos/article/view/27217 . Acesso em: 14 fev. 2023.

EBC. (Empresa Brasil de Comunicação). Mulheres trabalham 7,5 horas a mais que homens devido à dupla jornada. 2017. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-03/mulheres-trabalham-75-horasmais-que-homens-devido-dupla-jornada . Acesso em 23/05/2023.

FERNANDES, SILVIA. Atos de profanação. Revista Sala Preta v.20 no.1, p.185 – 197, São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/170782 . Acesso em 15/02/2022

IACONELLI, Vera. Maternidade e Erotismo Na Modernidade: Assepsia do Impensável na Cena de Parto. Revista Percurso, no 34, São Paulo, 2005. Disponível em: https://institutogerar.com.br/wpcontent/uploads/2017/02/maternidade-e-erotismo-na-contemporaneidade.pdf. Acesso em 17/02/2022.

KRISTEVA, Julia. Stabat Mater. In: KRISTEVA, Julia. Histórias de amor. Tradução: Leda Tenório da Motta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. p. 269-295

LEITE, Janaina. Feminino abjeto. Revista Aspas, [S.L.], v. 8, n. 1, p. 210-240, 25 out. 2018. Universidade de Sao Paulo. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v8i1p210-240 . Disponível em: https://www.revistas.usp.br/aspas/article/view/75493/148197 . Acesso em: 18 nov. 2021.

RAGO, Margareth. Do cabaré ao lar. São Paulo: Paz & terra, 2014.

ROMANO, Lucia Regina Vieira. De Quem É Esse Corpo? a performatividade de gênero feminino no teatro contemporâneo. 2009. 659 f. Tese (Doutorado) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

SALLES, Cecilia Almeida. Redes da criação: construção da obra de arte. São Paulo: Editora Horizonte, 2007.

SANTOS, José Raphael Brito dos. Desmontagem Cênica: reflexão sobre o processo ético e estético do artista-docente. Revista Rascunhos - Caminhos da Pesquisa em Artes Cênicas, [S. l.], v. 1, n. 1, 2014. DOI: 10.14393/RR-v1n1a2014- 14. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/rascunhos/article/view/27153. Acesso em: 17 fev. 2023.

Downloads

Publicado

2023-12-13

Como Citar

LAMBERTI DE ABREU, M.; VIEIRA ROMANO, L. R. Mãe-Artista: reflexões sobre autobiografia e maternidade na cena teatral contemporânea. Revista Cientí­fica/FAP, Curitiba, v. 29, n. 2, p. 309–336, 2023. DOI: 10.33871/19805071.2023.29.2.8040. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/revistacientifica/article/view/8040. Acesso em: 28 abr. 2024.