CIDADE E ARTE: O RIO TIETÊ COMO ELEMENTO DE UMA NARRATIVA DISTÓPICA REPRESENTADO NO FILME A MARGEM

Autores

  • Edinei Pereira Pereira da Silva Pontifí­cia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.33871/19805071.2020.23.2.3718

Resumo

O presente artigo tem como escopo a cidade de São Paulo e seu processo de urbanização a partir de suas bordas, mais precisamente das margens do rio Tietê como elemento primordial de sua construção. Para tanto, como fonte principal, faço uma análise estética do filme do cineasta paulista Ozualdo Candeias, A Margem (1967). Problematizar a mencionada obra com os aspectos distópicos do processo de crescimento dessa cidade, é compreender a simbiose de crescimento do aparato capitalista aplicado í quela altura como marco de um perí­odo tido como promissor, como, também, busco tratar a relação dos sujeitos inseridos nesse movimento de mudanças. As fontes, tanto a fí­lmica como as encontradas nos acervos pesquisados, dimensionam essa correlação de forças paradoxais. O filme e a cidade estão postos nesse estudo como elementares e dinamizadores de uma historicidade contextualizada pela ação do sujeito mediante o uso da arte como leitura de uma realidade.

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

PEREIRA DA SILVA, E. P. CIDADE E ARTE: O RIO TIETÊ COMO ELEMENTO DE UMA NARRATIVA DISTÓPICA REPRESENTADO NO FILME A MARGEM. Revista Cientí­fica/FAP, Curitiba, v. 23, n. 2, 2020. DOI: 10.33871/19805071.2020.23.2.3718. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/revistacientifica/article/view/3718. Acesso em: 23 abr. 2024.