Experimentações imersivas mediadas por simulação na formação de docentes e preceptores de enfermagem

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar as contribuições advindas de experimentações imersivas mediadas por simulação na formação continuada de educadores de enfermagem à luz da Ciência da Mente, Cérebro e Educação (CMCE). Esse referencial fundamenta-se na tríade neurociência, psicologia e educação, visando maximizar a aprendizagem por meio de melhores práticas educacionais. Por meio de uma abordagem orientada pela proposta de formação como experimentação, na qual vivências e memórias se atualizam em resposta à realidade do aprendizado e às experiências, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória em um centro de simulação de um hospital universitário público federal da Região Centro-Oeste do Brasil, envolvendo 18 participantes, entre docentes e preceptores de enfermagem. A metodologia permitiu que os educadores não apenas vivenciassem cenários de simulação, mas também participassem ativamente de sua construção mediante experimentações imersivas, em um processo de formação contínua que poderia ser descrito como ensinar simulação por meio da própria simulação. A análise categorial temática da pesquisa, realizada a partir dos diálogos do debriefing, resultou em três categorias temáticas que revelaram o potencial inovador das experimentações na criação de ambientes engajadores, no estímulo à reflexão crítica, no aprendizado ativo e no compartilhamento de conhecimentos. Os resultados revelaram que essas experiências favorecem ambientes de aprendizagem dinâmicos e interativos e que estimulam a tomada de decisão, a resolução de problemas e a adaptação das práticas pedagógicas. As experimentações destacam-se como uma abordagem inovadora necessária para enfrentar desafios contemporâneos da educação na saúde, promovendo uma formação reflexiva, colaborativa e crítica, essencial à qualificação dos educadores e ao desenvolvimento de futuros profissionais de saúde.