O Present Perfect Tense (PPT): interpretações sob o parâmetro do aprendiz de inglês falante do português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33871/23594381.2023.21.3.8385Resumo
O presente trabalho tem como principal objetivo apresentar quatro possíveis leituras atreladas à estrutura do inglês conhecida como Present Perfect Tense (PPT). Sabemos que essa é uma das estruturas mais complexas da língua inglesa para aprendizes de inglês falantes do português brasileiro devido às suas diversas interpretações. Considerando a estrutura do inglês com sua contraparte morfológica no Português, o Pretérito Perfeito Composto (PPC), averiguamos que essas não possuem nem a mesma distribuição sintática nem a mesma semântica, embora tenham a mesma forma morfológica. Apresentaremos exemplos sob a ótica de quatro possíveis interpretações do PPT utilizando sentenças do inglês e do português brasileiro, com o intuito de demonstrar critérios de semelhanças e diferenças entre as duas línguas. As leituras vinculadas ao PPT balizam-se seguindo as teorizações e estudos de Comrie (1976), Palmer (1987), Klein (1992), Oliveira (2003, 2005, 2015), Kearns (2011), Molsing (2010, 2013) e Portner (2003), as quais nomeamos de (a): PPT de base empírica ou de experiência; (b): PPT resultativo ou de relevância atual; (c): PPT como expressão de passado recente; e (e): PPT como evento que persiste ou continuativo. Considerando a não equivalência semântica entre o PPT e o PPC, esses aprendizes acabam por utilizar outras estruturas do inglês, como por exemplo, o Past Simple e o Present Simple. A não correspondência entre estruturas morfologicamente semelhantes entre duas línguas é considerada, de acordo com Slabakova (2016) um gargalo (Botleneck Hypothesis), pois o aprendiz terá que compreender uma nova configuração gramatical na L2.
Palavras-chave: Present perfect tense, Pretérito perfeito composto, Aquisição de L2, Semântica.