A escola como lugar de emancipação política: uma leitura filosófica dos escritos de educação do pensador Adorno

Autores

  • Charles Santiago
  • Rafael Gemin Vidal
  • Valkiria de Novais Santiago

DOI:

https://doi.org/10.33871/23594381.2025.23.1.10372

Resumo

A questão capital da pesquisa foi, no primeiro momento, fazer uma digressão do pensamento de Adorno, no que toca à relação entre cidadania e política e, posteriormente, promover um debate em torno da educação política e suas configurações culturais. Adorno argumenta que a razão instrumental, ao invés de emancipar, contribui para a perpetuação de uma nova barbárie na sociedade capitalista industrializada, sendo que a educação deve transcender a mera reprodução de conhecimentos técnicos e habilidades, promovendo a emancipação dos indivíduos. É necessário um currículo que incentive o pensamento crítico e a reflexão autônoma, contrapondo-se à conformidade e memorização. A pressão por resultados quantificáveis e a competitividade são apontadas como fatores que limitam a capacidade crítica dos alunos, perpetuando a dominação. Adorno também enfatiza que o talento não é um atributo inato, mas uma construção social influenciada pelas oportunidades e desafios enfrentados pelo indivíduo. Nesse contexto, os educadores devem atuar como agentes de transformação social, promovendo uma educação emancipadora, que questione e influencie as estruturas sociais existentes. A análise revela que, apesar dos avanços tecnológicos, a educação ainda enfrenta desafios significativos para se tornar um instrumento efetivo de emancipação. A teoria de Adorno sublinha a necessidade de uma revisão profunda das práticas educacionais, visando transformar a escola em um ambiente que privilegie o desenvolvimento da crítica, autonomia e sensibilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2025-04-25