Transgressão, Conhecimento e Fé: Som e Luz Imortalizando as Confissões de Santo Agostinho sob a Perspectiva de Roberto Rossellini
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2022.9.1.1-18Palavras-chave:
Cinema, Santo Agostinho, Filosofia, Roberto Rossellini.Resumo
Neste artigo buscamos contextualizar o cinema como fonte de conhecimento, pois, uma vez que esta linguagem pode condensar diversas visões acerca de um fenômeno, ela se apresentará como meio para o desenvolvimento de uma postura crítica sobre a relação cinema e história, bem como os objetos que permeiam este discurso. Analisamos o filme Agostino d'Ippona (1972) da coleção "Os Filósofos", dirigida por Roberto Rossellini, buscando, através do olhar cinematográfico do diretor, reconstruir a história do bispo e a evolução de seus pensamentos, numa perspectiva filosófica. Após a análise fílmica feita sobre com base nas transcrições de diálogos, imagens, luz e banda sonora, foi feita uma reflexão sobre os conceitos de ciências, filosofia e religião presentes na obra, dentre eles o tempo, a criação, a liberdade e a dualidade existente entre o bem e o mal e, desta forma, mostramos que o uso do cinema explorado criticamente de forma ampliada, ou seja, através dos símbolos e signos que estruturam uma base de valores estéticos e éticos em algum contexto temático e cultural, pode potencializar a construção de novos saberes, além de imortalizar obras que se constituem como representações de um tempo passado.
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