EXPERIÊNCIA MÍSTICA E ALUCINAÇÃO NA OBRA DE JOSEPH BEUYS
DOI:
https://doi.org/10.33871/sensorium.2025.12.10761Resumo
O presente ensaio visa apresentar aspectos místicos e dissidentes da subjetividade do artista Joseph Beuys, bem como a influência desses aspectos em sua obra. Ao lado da descrição de ações como a Sinfonia Siberiana e O Chefe, se observará a relação das expressões de Beuys com a antroposofia de Rudolf Steiner, a teologia de Jakob Böhme e as experiências místicas de Emanuel Swedenborg. As primeiras ações de Beuys surgem ligadas às manifestações antiarte e de contracultura do grupo Fluxus, mas desde o início, se diferenciam fortemente destas, tanto pelas próprias concepções do artista acerca da antiarte e da contracultura, quanto pela sua inspiração em experiências-chave pessoais e teorias místicas. Após a descrição das ações de Beuys se procede a análise da relação do artista com a teoria da trimembração do organismo social e os exercícios meditativos colaterais de Steiner. Em seguida, se observa a correspondência do pensamento ecológico de Beuys com o conceito de natureza no romantismo alemão e na teologia de Böhme. Uma análise comparativa entre as experiências místicas de Beuys e Swedenborg conclui esse estudo. Assim se poderá compreender as confrontações de Beuys com o racionalismo científico e o materialismo cultural, bem como as possíveis hipóteses psicanalíticas de seu misticismo. A imagem da personalidade do artista, articulada às suas concepções místicas, às suas alucinações psíquicas e à sua expressão artística mostra, nesse caso, um modo da relação entre subjetividade dissidente e contracultura no campo da história da arte da segunda metade do século XX.
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