Anurofauna do Centro de pesquisas e extensão em aquicultura Ildo Zago, União da Vitória - PR.

Autores

  • Adriana de Souza Silveira Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR
  • Henrique Schipanski Universidade Federal do Paraná - UFPR
  • Beatriz Wierzbicki Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR
  • Aline de Fátima Moraes Gaiovicz Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR
  • Andrieli Aparecida Bendnarczuk Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR
  • Eluiza Nakalski Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR
  • Graziele Martins de Oliveira Bueno Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR
  • Bruna Gibowski de Moraes Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR
  • Huilquer Vogel Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR

DOI:

https://doi.org/10.33871/23594373.2024.26.01.8382

Resumo

Os anuros, que compõem um dos grupos mais diversificados de anfíbios, estão amplamente associados à Mata Atlântica no Brasil. Essa associação está diretamente ligada a fatores não bióticos da Mata Atlântica, como o clima e o regime hidrológico. No Brasil, a Mata Atlântica é um dos biomas mais explorados para atividades pecuárias, incluindo a piscicultura e a ranicultura. Portanto, é razoável supor que áreas destinadas à produção animal, como pisciculturas, possam apresentar menor diversidade de anuros em comparação com áreas conservadas. O objetivo deste estudo foi testar essa hipótese. Mais especificamente, buscou-se: (i) determinar a riqueza de espécies (ii) identificar as mais abundantes e raras; (iii) identificar as espécies mais frequentes ao longo do ano; e, por fim, (iv) avaliar o impacto das variáveis climáticas na presença ou ausência das espécies. Durante o período de outubro de 2020 a setembro de 2021, realizou-se capturas aleatórias de anuros no Centro de Pesquisas e Extensão em Aquicultura Ildo Zago (CEPEA), localizado no município de União da Vitória, Paraná e também registrou-se variáveis climáticas. Para analisar a diversidade de espécies, utilizou-se a curva do coletor e o índice de Mau-Tau, enquanto a abundância foi estimada com base na constância de frequência. A influência das variáveis ambientais na presença ou ausência das espécies foi avaliada por meio de um modelo linear generalizado com distribuição binomial. Foi constatada a presença de 15 espécies, sendo Scinax fuscovarius e Rana catesbiana as mais frequentes, e Boana albopunctata a mais rara. As baixas taxas de precipitação tiveram um efeito negativo na presença das espécies, enquanto a temperatura e a velocidade do vento tiveram efeitos positivos. Além disso, as espécies com nichos ecológicos mais amplos, como Rana catesbiana, demonstraram ser altamente adaptáveis a condições ambientais adversas. Com o intuito de promover um manejo ecologicamente responsável, recomenda-se o controle da população de Rana catesbiana no CEPEA. 

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Publicado

26-08-2024