Do Fí­sico ao Fisiológico: um estudo fenomenológico da cor nas artes

Autores

  • Tiago Mendes Alvarez Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2021.8.1.243-254

Palavras-chave:

Artes Visuais, Cinema, Comunicação

Resumo

Ao analisar o fenômeno cromático nas artes, deve-se levar em conta não só os aspectos fí­sicos relacionados ao uso da cor, mas agrupar à percepção, os aspectos fisiológicos fornecidos pelas cores. Neste artigo, pretende-se utilizar como base o estudo fenomenológico da cor efetuado por Johann Wolfgang Von Goethe, em sua obra "Doutrina das Cores" publicado originalmente em 1810 e as experimentações posteriores de Michael-Eugéne Chevreul, efetuadas a partir da primeira edição do livro "Da Lei do Contraste Simultâneo das Cores" , de 1839. Com base no desenvolvimento das teorias fisiológicas, esta análise pretende levantar questionamentos sobre a percepção da cor e sua influência nas artes, como também perceber os elementos que fazem parte de um processo complexo de interpretação e decodificação onde a cor poderá, não apenas comunicar, sinalizar ou informar, mas tornar o observador ativo na leitura cromática de elementos apresentados aos olhos e ao cérebro.

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Biografia do Autor

Tiago Mendes Alvarez, Universidade Federal do Paraná

Doutorando em Comunicação pela Universidade Federal do Paraná PPGCOM - UFPR, possui graduação em Licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade de Artes do Paraná (2006); Especialização em Cinema pela Universidade Tuiuti do Paraná (2009); Mestrado em Comunicação e Linguagens na linha de Estudos de Cinema e Audiovisual pela Universidade Tuiuti do Paraná (2012). Atualmente é professor e coordenador do curso de Bacharelado em Cinema e Audiovisual na Universidade Estadual do Paraná - Campus de Curitiba II - FAP e professor do curso de técnico em Produção de Áudio e Ví­deo no Colégio Estadual do Paraná. Ministrou oficinas de Fotografia básica para alunos, funcionários e comunidade na Escolinha de Arte ? CEP de 2008 a 2011, e ministrou oficinas de Fotografia Digital no Paço da Liberdade SESCPR em 2011 e 2012. Participou de eventos ligados í  fotografia e í  produção universitária de cinema, como Mostra Caixola - Projeções Audiográficas e Putz - Festival Universitário de Cinema e Ví­deo de Curitiba. Em 2017 recebeu o Prêmio Museu de Arte de Cascavel pelo conjunto da série fotográfica Realidades. Em 2018 recebeu o Prêmio Adalice Araújo pelo conjunto da série fotográfica Tempo Re-velado.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

Artigos