A Arte Conceitual e a Contribuição de Guilherme Vaz (1969-1975)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2021.8.1.048-060

Palavras-chave:

Guilherme Vaz, arte conceitual, desmaterialização

Resumo

A arte conceitual é uma vertente desmaterializada que retira a ênfase da obra-objeto para realocá-la na ideia ou na ação. Sua versão histórica teve seu apogeu de meados da década de 1960 até o final dos anos 1970, quando começou a ser suplantada como tendência predominante no circuito nacional e internacional pelo retorno à pintura. No entanto, sua estrondosa influência permanece até os dias de hoje. O presente estudo de caso, que adota as metodologias qualitativa e explicativa, pretende refletir sobre a arte conceitual como fenômeno internacional e destacar a contribuição dada ao debate pela produção brasileira, salientando especialmente algumas obras do artista Guilherme Vaz, elaboradas entre 1969 e 1975. Para fins desta pesquisa, recorrer-se-á como referencial teórico a textos seminais sobre o tema de autoria de Joseph Kosuth, Sol LeWitt, Mari Carmen Ramí­rez e Cristina Freire.

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Biografia do Autor

Tamara Silva Chagas, Doutoranda em História (PPGHis/UFES). Bolsista Capes.

Doutoranda em História pelo PPGHis da Universidade Federal do Espí­rito Santo. Bolsista Capes. Mestre em Artes e graduada em Bacharelado em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espí­rito Santo. Graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Vila Velha. Autora do livro "Frederico Morais: a crí­tica de arte e seus desdobramentos, publicado pela Edufes em 2019.

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Publicado

2021-05-25

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Artigos