Gabinetes de Curiosidade: um lugar de espanto e maravilhamento diante do mundo das coisas

Autores

  • Janaina Corá Atua como professora de Artes da rede pública estadual de educação do Estado de Santa Catarina desde o ano de 1998 e na Escola de Educação Básica Bom Pastor, no municí­pio de Chapecó -Santa Catarina, desde 1999. 0000-0001-9108-0496
  • Cláudia Battestin Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) com perí­odo de Doutoramento na Universitat Jaume I - Espanha. Especialista em Educação Ambiental pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Licenciada em Filosofia pela Universidade Comunitária da região de Chapecó (Unochapecó). Integrante do Grupo de pesquisa,SULEAR:Educação Intercultural e Pedagogias Decoloniais na América Latina (Unochapecó). Faz parte da Red Internacional do Conhecimento da Universidade de Santiago do Chile.(USACH) e da Red Interuniversitaria Educación Superior y Pueblos Indí­genas y Afrodescendientes en América Latina (RED ESIAL) da UNTREF de Buenos Aires.

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2021.8.1.009-029

Palavras-chave:

Gabinete de Curiosidades, Câmera de maravilhas, Arte, Sentidos.

Resumo

A escrita deste artigo objetiva apresentar um estudo bibliográfico e documental sobre a experiência de pensar a arte através dos gabinetes de curiosidades que repercutem no renascentismo por serem destinados a receber os objetos e os saberes colecionados durante o perí­odo das grandes navegações. O maravilhamento impressiona e justifica a inclusão desta experiência histórica, bem como, o modo todo-próprio como era compreendido, admirado e catalogado o mundo. Apostar nesta metodologia renascentista pode fornecer elementos discursivos e estéticos que contribuam para um outro modo de pensar a arte. Partimos do pressuposto de que a formação do sujeito se torna muito mais atraente, dinâmica e profunda se ela estiver acompanhada da curiosidade, do maravilhar-se e do espanto. Aquele que estabelece laços sociais fazendo uso de expressões artí­sticas é capaz de se situar, interpretar e produzir signos junto ao mundo e ao tempo em que vive. Maravilhar-se com a arte, portanto, significa operar nas tramas cognitivas do sujeito que pode conhecer e ressignificar para si aquilo que outros seres humanos produziram antes dele, diante da existência, deixando para gerações vindouras vestí­gios do seu modo de pensar e ser.

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Biografia do Autor

Janaina Corá, Atua como professora de Artes da rede pública estadual de educação do Estado de Santa Catarina desde o ano de 1998 e na Escola de Educação Básica Bom Pastor, no municí­pio de Chapecó -Santa Catarina, desde 1999. 0000-0001-9108-0496

Mestre em Educação pela Universidade Comunitária da região de Chapecó - Unochapecó. Especialização em Ensino da Arte: Perspectivas Contemporâneas pela Unochapecó. Graduada em Educação Artí­stica, licenciatura plena com habilitação em Artes Plásticas pela Unoesc. Atua como professora de Artes da rede pública estadual de educação do Estado de Santa Catarina desde o ano de 1998 e na Escola de Educação Básica Bom Pastor, no municí­pio de Chapecó -Santa Catarina, desde 1999. Faz parte do grupo de Pesquisa Desigualdades Sociais, Diversidades Socioculturais e Práticas Educativas. Tem experiência na área de Educação, Artes, Exposições, com ênfase nas artes visuais.

Cláudia Battestin, Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) com perí­odo de Doutoramento na Universitat Jaume I - Espanha. Especialista em Educação Ambiental pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Licenciada em Filosofia pela Universidade Comunitária da região de Chapecó (Unochapecó). Integrante do Grupo de pesquisa,SULEAR:Educação Intercultural e Pedagogias Decoloniais na América Latina (Unochapecó). Faz parte da Red Internacional do Conhecimento da Universidade de Santiago do Chile.(USACH) e da Red Interuniversitaria Educación Superior y Pueblos Indí­genas y Afrodescendientes en América Latina (RED ESIAL) da UNTREF de Buenos Aires.

Atualmente trabalha como docente na Área de Ciências Humanas e Jurí­dicas e no curso de Mestrado em Educação da Unochapecó.

https://orcid.org/0000-0001-7871-9275

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Publicado

2021-05-25

Edição

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Artigos