TY - JOUR AU - Ferreira de Lima, Michelle PY - 2022/12/20 Y2 - 2024/03/29 TI - ENTRE NIETZSCHE E CAMUS: Niilismo e absurdo JF - Revista Paranaense de Filosofia JA - RPFilo VL - 2 IS - 2 SE - Artigos DO - 10.33871/27639657.2022.2.2.6937 UR - https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/rpfilo/article/view/6937 SP - 124-135 AB - <p>Essa pesquisa tem como objetivo descrever os conceitos de niilismo e absurdo com referência em Nietzsche e Albert Camus. No pensamento nietzschiano o niilismo surge primeiramente como sintoma da derrocada de sentido e corrosão dos valores da tradição. Nesse sentido, o niilismo surge como um processo, uma marcha que intensifica o instinto de destruição. A morte de Deus é assumida pelo sujeito moderno como a perda total de sentido e tal acontecimento gera um vazio em suas vidas desmundanizadas (<em>Cf</em>. ARALDI, 2004, p. 68). A ausência de sentido advinda da dissolução de crenças gera o sentimento de vazio na existência com a perda de valor, sentido ou finalidade. O niilismo existencial demonstra a morte dos valores e o surgimento do absurdo, já que o homem sente dificuldade em se tornar criador do sentido. (<em>Cf.</em> VEIT, 2018, p. 212). Com a morte de Deus, de crenças, de verdade absoluta, deriva o niilismo que é resultante da morte desses valores, em consequência advém o absurdo, pois embora não exista sentido ou propósito para a vida, o humano ainda anseia por isso. Nesse sentido, Albert Camus se dedica a investigar se a falta de sentido e constatação do vazio e do absurdo resultaria em suicídio. Por fim, ele constata que a falta de sentido não implica em suicídio, uma vez que o sujeito se encontra livre para criar novos mundos por meio da revolta.</p><p>Palavras-chave: Niilismo. Morte de Deus. Absurdo.</p> ER -