TY - JOUR AU - Cosmo, Felipe Alexandre Moura PY - 2021/10/28 Y2 - 2024/03/28 TI - DE FEBRE DO RATO A BOLSONARO: CORPOS DESNUDOS VERSUS O AUTORITARISMO FARDADO JF - O Mosaico JA - Mosaico VL - 13 IS - 3 SE - Eixo 1 DO - 10.33871/21750769.2021.13.3.4192 UR - https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/mosaico/article/view/4192 SP - AB - <p>Com base na premissa do teórico alemão Siegfried Kracauer, na obra <em>From Caligari to Hitler</em> (1947),<em> </em>de que os filmes são capazes de refletir a mentalidade de uma nação e seus mecanismos mais ocultos, este artigo busca propor a hipótese de que o terceiro longa-metragem do diretor pernambucano Cláudio Assis, <em>Febre do Rato</em> (2011), a partir de sua temática visual e sua construção narrativa, antecipou as jornadas de junho de 2013, a reação violenta às manifestações por parte da polí­cia e o surgimento do bolsonarismo como força polí­tica a partir da confluência de fatores sociais, polí­ticos e econômicos. Além disso, busca fazer uma leitura do filme a partir da representação dos corpos despidos como resistência ao crescente autoritarismo das instituições e ao conservadorismo da sociedade. Além da pesquisa bibliográfica, este trabalho utiliza como metodologia a análise do filme segundo Francis Vanoye e Anne Goliot-Lété (2011). Ao longo de nossa pesquisa constatamos que <em>Febre do Rato</em>, ao exibir elementos que iriam marcar os anos posteriores à sua estreia, como as manifestações de cunho apartidário, a crescente militarização dos espaços urbanos e a violência policial, deixou entrever o surgimento do sentimento antipolí­tica no bojo da sociedade e a ascensão da extrema-direita nas eleições de 2018.</p> ER -