Parâmetros fí­sico-quí­micos em amostras de vinhos orgânicos da região de Bela Vista do Toldo, Santa Catarina

Autores

  • Andrei Elias Deller Universidade Estadual do Paraná, campus União da Vitória
  • Elisandra Carolina Martins Universidade Estadual do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.33871/23594373.2021.23.01.3918

Resumo

Para estudos foram selecionadas amostras de vinhos provenientes da safra de 2018 de um cultivo orgânico da uva Bordô, sem registro oficial, para determinar alguns parâmetros fí­sico-quí­micos e assim, verificar se as amostras possuem os parâmetros de identidade e qualidade estabelecidos pela legislação. Os parâmetros verificados foram densidade, acidez total, pH, teor de cloretos e de sulfatos e o teor alcoólico. Todas as determinações foram realizadas de acordo com a metodologia proposta pela Embrapa Uva e Vinho. Os resultados obtidos indicam que o teor alcoólico foi de 12,81 e 12,64% para as amostras de vinho branco e tinto, respectivamente. O valor obtido de pH para a amostra de vinho branco foi de 3,04, enquanto para o vinho tinto foi de 3,19. A acidez total obtida foi de 97,15 ± 0,97 mEq L-1 para as amostras de vinho tinto e 127,27 ± 0,53 mEq L-1 para as amostras de vinho branco. O teor de sulfato obtido foi inferior a 0,7 g L-1 para ambas as amostras, que por se tratar de um teste semiquantitativo forneceu apenas a faixa de concentração, não o valor exato. O teor de cloretos para as amostras de vinho tinto foi de 0,022 ± 0,006 g L-1, enquanto para as amostras de vinho branco foi de 0,017 ± 0,002 g L-1. Como esperado, os resultados são diferentes para o vinho tinto e para o vinho branco pois tratam-se de dois tipos de vinhos com processos de produção diferentes, mas todos os resultados estiveram conforme os parâmetros estabelecidos por lei.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elisandra Carolina Martins, Universidade Estadual do Paraná

Quí­mica/Quí­mica Analí­tica

Referências

ANVISA. Programa de análise de resí­duos de agrotóxicos em alimentos (PARA) - Relatório 2013-2015. Agência Nacional de Vigilância Sanitária., 2016.

BACCAN, N. Quimica Analitica Quantitativa Elementar. Campinas: Edgard Blucher, 1979.

BRASIL. Lei no 7.678, de 8 de novembro de 1988, 1988. Disponí­vel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7678.htm>

BRASIL. Decreto no 6.871, de 4 de junho de 2009, 2009.

BRASIL. Decreto no 8.198, de 21 de fevereiro de 2014, 2014. Disponí­vel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8198.htm>

CASTILHOS, M. Desenvolvimento e caracterização de vinhos tintos a partir de uvas cultivadas no noroeste paulista. [s.l.] Universidade Estadual Paulista, 2012.

COLI, M. S. et al. Conteúdo de cloretos em vinhos brancos de diferentes paí­ses. Revista de Ciencias Farmaceuticas Basica e Aplicada, v. 36, n. 4, p. 503–507, 2015a.

COLI, M. S. et al. Chloride concentration in red wines: Influence of terroir and grape type. Food Science and Technology, v. 35, n. 1, p. 95–99, 2015b.

DI VITA, G. et al. Picking out a wine: Consumer motivation behind different quality wines choice. Wine Economics and Policy, 2019.

IBGE. Censo agropecuário: resultados preliminares. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica., v. 7, n. 01036157, p. 1–180, 2017.

IBRAVIN. Panorama da Vitivinicultura Brasileira. Disponí­vel em: <http://www.agricultura.gov.br/assuntos/camaras-setoriais-tematicas/documentos/camaras-setoriais/viticultura-vinhos-e-derivados/2018/47aro/2-5-comercializacao.pdf>.

JANSSEN, M.; SCHÄUFELE, I.; ZANDER, K. Target groups for organic wine: The importance of segmentation analysis. Food Quality and Preference, v. 79, n. September 2019, p. 103785, jan. 2020.

JIN, B. et al. Multi-residue detection of pesticides in juice and fruit wine: A review of extraction and detection methods. Food Research International, v. 46, n. 1, p. 399–409, 2012.

LOCK, P. et al. Wineries and wine quality: The influence of location and archetype in the Hunter Valley region in Australia. Wine Economics and Policy, 2019.

LOVATO, M. A.; WAGNER, R. Avaliação Da Qualidade Do Vinho De Mesa Suave Por Análises Fí­sico-Quí­micas Quality Assessment of Sweet Table Wine By Physicochemical Analysis. Cadernos da Escola de Saúde, v. 8, p. 168–178, 2008.

MAPA. Instrução normativa no 14.Ministério da Agricultura Pecuária e AbastecimentoBrasil, 2018.

MIELE, A.; RIZZON, L. A.; DO NASCIMENTO DE QUEIROZ, S. C. A survey on the composition of wines made with grapes produced by an organic system. Brazilian Journal of Food Technology, v. 19, p. 1–6, 2016.

OIV-ORGANISATION INTERNATIONALE DE LA VIGNE ET DU VIN. State of the Vitiviniculture World Market April 2018. International Organisation of Vine and Wine, n. April, p. 1–14, 2018.

OLIVEIRA, A.; BARROS, P.; CARVALHO, N. Estudo analí­tico de vinhos portugueses por electroforese capilar. 2008.

RIZZON, L. A. Metodologia para análise de vinho. Brasí­lia, DF: EMBRAPA, 2010.

RIZZON, L. A.; MANFREDINI, S. Como elaborar vinho de qualidade na pequena propriedade. Bento Gonçalves: EMBRAPA-CNPUV, 1994.

RIZZON, L. A.; MIELE, A. Acidez na vinificação em tinto das uvas Isabel, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Ciência Rural, v. 32, n. 3, p. 511–515, 2002.

SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, J. F. Fundamentos de Quí­mica Analí­tica. 8a ed. São Paulo: Thomson, 2006.

VITALI ÄŒEPO, D. et al. Differences in the levels of pesticides, metals, sulphites and ochratoxin A between organically and conventionally produced wines. Food Chemistry, v. 246, p. 394–403, 2018.

Downloads

Publicado

19-04-2021