MONTANDO CONFLITOS: Griffith na Biograph

Autores

  • Paulo Roberto de Carvalho Barbosa Escola de Design - UEMG

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2016.3.1.01-12

Palavras-chave:

cinema dos primórdios, D. W. Griffith, Cia. Biograph, narração

Resumo

Este artigo examina filmes escolhidos de David Wark Griffith em seu perí­odo Biograph. O texto recupera a estreia profissional de Griffith como ator de teatro e a sua posterior conversão à indústria do cinema. Descreve como realizou seus primeiros filmes, estruturando-os a partir de esquemas narrativos provenientes dos melodramas, gênero de longa tradição nos palcos. O exame desses filmes revela estruturas compostas de diferentes núcleos dramáticos, estabelecendo polarizações entre si. Polarizações que formam a base para o desenvolvimento de conflitos semanticamente operados pela montagem fí­lmica. É agenciando planos para criar relações de oposição, convergência e bifurcação nas tramas que Griffith tece as espirais dramáticas de suas narrativas, nem sempre terminadas em finais felizes. De uma tal montagem, não inteiramente clássica e tampouco "primitiva" , emerge o código moral do diretor sulista, conservador em muitos aspectos, mas também progressista em diversos outros.

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Biografia do Autor

Paulo Roberto de Carvalho Barbosa, Escola de Design - UEMG

Paulo Barbosa é Mestre e Doutor em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG. Atualmente, leciona a disciplina "História do cinema mudo" na Escola de Design da UEMG. É autor dos livros "Do truque ao efeito especial: o cinema de Segundo de Chomón" (2014) e "O primeiro cinema em cores: tecnologia e estética do filme colorido até 1935" (2015).

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Publicado

2016-06-24

Edição

Seção

Artigos