Cenografias de uma Contra-História da Modernidade Artí­stica em Jacques Rancière

Autores

  • Osvaldo Fontes Filho Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Depto de História da Arte Programa de Pós-Graduação em História da Arte

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2020.7.1.163-179

Palavras-chave:

contra-história, arte moderna e contemporânea, Rancière

Resumo

Em seu livro Aisthesis (2011), Jacques Rancière registra as múltiplas cenografias pelas quais um regime de percepção e de interpretação da arte se constitui e se transforma ao deslegitimar as especificidades das expressões artí­sticas e as fronteiras que durante muito tempo as separaram da experiência ordinária. Tal empreitada narrativa constitui um último esforço do filosofo para desautorizar a noção de modernidade como categoria explicativa – e a relação problemática que introduz entre o curso da História e o devir das artes. Ela preconiza, ainda, uma "contra-história da modernidade artí­stica" , cuja qualificação crí­tica para a leitura da arte contemporânea este artigo procura avaliar.

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Biografia do Autor

Osvaldo Fontes Filho, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Depto de História da Arte Programa de Pós-Graduação em História da Arte

Docente do Departamento de História da Arte e do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da EFLCH/ Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é responsável pela cadeira de Filosofia da Arte e Estética e co-responsável pela Linha de Pesquisa em Pós-Graduação "Arte, Polí­tica e Filosofia". Pós-doutor pelo IBILCE/UNESP de S.J. do Rio Preto

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Publicado

2020-05-15

Edição

Seção

Artigos