ESTUDOS HIDRÁULICOS E A SUA INFLUÊNCIA NO PLANEAMENTO URBANO REGIONAL: APLICAÇÃO PRÁTICA ÀS RIBEIRAS DO FUNCHAL - PORTUGAL

Autores

  • Sérgio Lousada Faculdade de Ciências Exatas e Engenharia (FCEE), Departamento de Engenharia Civil e Geologia (DECG), Universidade da Madeira (UMa), Funchal, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.33871/26747170.2020.2.2.3265

Palavras-chave:

Canais de escoamento artificiais, Cheias urbanas, Modelação, Multidisciplinaridade, Planeamento urbaní­stico.

Resumo

Fenómenos de cheias em territórios urbanos são uma realidade um pouco por todo o globo. Contudo, quer os processos de planeamento urbaní­stico, quer os estudos hidráulicos, maioritariamente, não são elaborados, tendo em consideração, a multidisciplinaridade e complexidade da temática, resultando em aglomerações urbanas – com tendência à ocorrência desta tipologia de evento – que apresentam lacunas de um correto planeamento urbano articulado, não estando capacitadas para fazer face a este tipo de fenómeno natural. Nesse sentido, a articulação de estudos multivariados, como são o caso do planeamento urbano, e hidráulicos, são vistos como essências para o sucesso territorial sustentado das regiões afetadas por esta tipologia de fenómenos. Assim, através de ferramentas exploratórias e de análise, como disso são exemplo: o cálculo coeficientes de rugosidade em canais de escoamento artificiais, análise de escoamentos superficiais, modelos computorizados, avaliação e análise do design e polí­ticas de ordenamento territorial em áreas urbanas, e a sua aplicação a um caso prático – o caso das ribeiras da cidade do Funchal, Madeira, Portugal – são apenas alguns exemplos de análise que o estudo leva a cabo, desde uma perspectiva multidisciplinar, a fim de definir bases e medidas para poder prevenir e minimizar os impactos negativos de tais eventos, assim como aumentar a segurança das populações residentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sérgio Lousada, Faculdade de Ciências Exatas e Engenharia (FCEE), Departamento de Engenharia Civil e Geologia (DECG), Universidade da Madeira (UMa), Funchal, Portugal.

¹Faculdade de Ciências Exatas e Engenharia (FCEE), Departamento de Engenharia Civil e Geologia (DECG), Universidade da Madeira (UMa), Funchal, Portugal

Referências

Abayati, M. A., Yusuf, B., Mohammed, T., & Ghazali, A. (2006). Manning roughness coefficient for grass-lined channel. Suranaree Journal of Science and Technology, 317-330.

Acevedo-Espinoza, S. (2014). Debt, Growth and Natural Disasters A Caribbean Trilogy. IMF Working Papers. doi:10.5089/9781498337601.001

ACPA. (1997). História da pesquisa dos valores do coeficiente de Manning. (ABTC, Trad.) ACPA.

Amador, M. d. (2010). Tipos de métodos cientí­ficos. Lisboa: FCSH, Universidade Nova de Lisboa. Obtido de http://www.fcsh.unl.pt/docentes/cceiaold/images/stories/disciplinas/PhD%20Didactica%20LE/tipos_met_cientificos.pdf

Aupoix, B. (2015). Revisiting the Discrete Element Method for Predictions of Flows Over Rough Surfaces. Journal of Fluids Engineering. doi:10.1115/1.4031558

Baioni, D. (2011). Human activity and damaging landslides and floods on Madeira Island. Natural Hazards and Earth System Sciences, 3035-3046. doi:10.5194/nhess-11-3035-2011

Brum da Silveira, A., Madeira, J., Ramalho, R., Fonseca, P., Rodrigues, C., & Prada, S. (2010). Carta Geológica da ilha da Madeira na escala 1:50.000. Folha A e B. Região Autónoma da Madeira: Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais.

Castanho, R., Loures, L., FernaÌndez, J., and FernaÌndez-Pozo, L., (2016). Identifying critical factors for success in Cross Border Cooperation (CBC) development projects. Habitat International.

Cienciala, P., & Hassan, M. A. (2016). Sampling variability in estimates of flow characteristics in coarse-bed channels: Effects of sample size. Water Resources Research, 1899–1922. doi:10.1002/2015WR017259

De Doncker, L., Troch, P., Verhoeven, R., Bal, K., Meire, P., & Quintelier, J. (2009). Determination of the Manning Roughness Coefficient Influenced by Vegetation in the River Aa and Biebrza River. Environmental Fluid Mechanics, 549-567. doi:10.1007/s10652-009-9149-0

Dimitriadis, P., Tegos, A., Oikonomou, A., Pagana, V., Koukouvinos, A., Mamassis, N., . . . Efstratiadis, A. (2016). Comparative evaluation of 1D and quasi-2D hydraulic models based on benchmark and real-world applications for uncertainty assessment in flood mapping. Journal of Hydrology, 478-492. doi:10.1016/j.jhydrol.2016.01.020

Faccini, F., Luino, F., Sacchini, A., & Laura, T. (2014). Flash Flood Events and Urban Development in Genoa (Italy): Lost in Translation. XII Congress "Engineering Geology for Society and Territory". Turin: Springer International Publishing Switzerland. doi:10.1007/978-3-319-09048-1_155

França, J. A., & Almeida, A. B. (2003). Plano regional de água da Madeira. Sí­ntese do diagnóstico e dos objectivos.

Harun-ur-Rashid, M. (1990). Estimation of Manning's roughness coefficient for basin and border irrigation. Em B. Clothier, W. Dierickx, J. Oster, & D. Wichelns (Edits.), Agricultural Water Management (1 ed., Vol. 18, pp. 29-33).

Hossain, A., Jia, Y., & Chao, X. (2009). Estimation of Manning's roughness coefficient distribution for hydrodynamic model using remotely sensed land cover features. 17th International Conference on Geoinformatics, Geoinformatics 2009 (pp. 1-4). Fairfax, Virginia, USA: George Mason University. doi:10.1109/GEOINFORMATICS.2009.5293484

IHB. (2005). Manual on Hydrography. Monaco: International Hydrographic Bureau.

Kreibich, H., & Thieken, A. (2009). Coping with floods in the city of Dresden, Germany. Natural Hazards. doi:10.1007/s11069-007-9200-8

Lencastre, A., & Franco, F. M. (2006). Lições de Hidrologia 3ª edição revista. Lisboa: Fundação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Levy, J. S. (2008). Case Studies - Types, Designs and Logics of Inference. Conflict Management and Peace Science, 1-18. doi:10.1080/07388940701860318

Li, S., Shi, H., Xiong, Z., Huai, W., & Cheng, N. (2015). New formulation for the effective relative roughness height of open channel flows with submerged vegetation. Advances in Water Resources, 46-57. doi:10.1016/j.advwatres.2015.09.018

Lousada, S.A.N., Camacho, R. F., Castanho, R. A. (2018). Escoamento em Canais Artificiais. íreas Urbanas em Situação de Cheia. Aplicação í Zona Baixa do Funchal., ISBN 978-613-9-61139-3, Novas Edições Acadêmicas, Portugal, 125 pp..

Lousada, S.A.N., Miranda, D. M., Camacho, R. F. (2018a). Escoamento em Canais Artificiais – Ribeiras do Funchal. Caraterização do Coeficiente de Rugosidade, Aplicação í s Ribeiras do Funchal., ISBN 978-613-9-61086-0, Novas Edições Acadêmicas, Portugal, 169 pp..

Lousada, S.A.N. (2018). Hidráulica - Aulas Teóricas - Vol. I, ISBN 978-989-8805-20-1, Universidade da Madeira, 353 pp..

Lousada, S.A.N. (2018a). Hidráulica - Aulas Práticas - Vol. I, ISBN 978-989-8805-34-8, Universidade da Madeira, 85 pp..

Lousada, S.A.N., Moura, A., Castanho, R. A. (2019). Canais Artificiais – Funchal. Sua Influência em Processos de Planeamento Urbano e Ordenamento Territorial., ISBN 978-613-9-80039-1, Novas Edições Acadêmicas, Portugal, 145 pp..

Lousada, S.A.N., Silva, A. (2019). Modelação do escoamento com o apoio do Laboratório de Hidráulica – UMa. Aplicação í ribeira da Ribeira Brava – Canais., ISBN 978-613-9-80118-3, Novas Edições Acadêmicas, Portugal, 117 pp..

Lousada, S.A.N., Gonçalves, J. (2019). Caracterização do Coeficiente de Rugosidade seu Efeito no Escoamento. Simulação e Modelação no Laboratório de Hidráulica da UMa - Canais Naturais - Aplicação í s Ribeiras do Funchal., ISBN 978-613-9-80149-7, Novas Edições Acadêmicas, Portugal, 165 pp..

Lousada, S.A.N., Marques, J. (2020). Caracterização Hidráulica, Hidrológica e do Transporte Sólido. Principais Linhas de ígua (Ribeiras) do Concelho de Câmara de Lobos - Ilha da Madeira., ISBN 978-613-9-80310-1, Novas Edições Acadêmicas, Portugal, 125 pp..

Lyra, G. B. (2003). Avaliação experimental da ocorrência de vazão e velocidades máximas em canais de secção circular. Minas Gerais, Brasil: Universidade Federal de Viçosa. Obtido em 17 de março de 2017, de http://alexandria.cpd.ufv.br:8000/teses/engenharia%20agricola/2003/177992f.pdf

Martins, F. J. (2000). Dimensionamento hidrológico e hidráulico de passagens inferiores rodoviárias para águas pluviais. Coimbra: Universidade de Coimbra. Obtido em 10 de março de 2017, de http://repositorio.ipv.pt/bitstream/10400.19/482/1/Tese%20-%20Mestrado.pdf

Moura, A., Lousada, S., Castanho R. A. (2019). Canais Artificiais e a sua Influência em Processos de Planeamento Urbano e Ordenamento Territorial. Revista Cientí­fica Monfragüe Desarrollo Resiliente – Scientific Journal. Vol. XII (9) pp.183-199. ISSN 2340-5457.

Neal, J. C., Odoni, N. A., Trigg, M. A., Freer, J. E., Garcia-Pintado, J., Mason, D. C., . . . Bates, P. D. (2015). Efficient incorporation of channel cross-section geometry uncertainty into regional and global scale flood inundation models. Journal of Hydrology, 169-183. doi:10.1016/j.jhydrol.2015.07.026

Oliveira, R. P., Almeida, A. B., Sousa, J., Pereira, M. J., Portela, M. M., Coutinho, M. A., . . . Lopes, S. (2011). A avaliação do risco de aluviões na ilha da Madeira. 10º Simpósio de Hidráulica e Recursos Hí­dricos dos Paí­ses de Lí­ngua Oficial Portuguesa (10º SILUSBA) (pp. 1-20). IST, UMa & LREC. Obtido de https://www.researchgate.net/publication/244994405

Pullen, J., Caldeira, R., D. Doyle, J., May, P., & Tomé, R. (2017). Modeling the air-sea feedback system of Madeira Island. Journal of Advances in Modeling Earth Systems, 1-24. doi:10.1002/2016MS000861

Ramalho, R., Brum da Silveira, A., Fonseca, P., Madeira, J., Cosca, M., Cachão, M., . . . Prada, S. (2015). The emergence of volcanic oceanic islands on a slow-moving plate: The example of Madeira Island, NE Atlantic. Geochemistry Geophysics Geosystems, 522–537. doi:10.1002/2014GC005657

Ribeiro, M. L., & Ramalho, M. (2009). Uma Visita Geológica ao Arquipélago da Madeira. Lisboa: Direção Regional do Comércio, Indústria e Energia e Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I. P.

Secretaria de Vias Públicas. (1999). Diretrizes de Projeto para Coeficiente de Rugosidade. São Paulo: Perfeitura do Municí­pio de São Paulo. Obtido em 17 de março de 2017, de http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/infraestrutura/NORMAS%20T%C3%89CNICAS%20INSTRU%C3%87%C3%95ES%20NOVAS/Hidr%C3%A1ulica%20e%20drenagem%20urbana/DH-H13.pdf

Szydłowski, M., & Magnuszewski, A. (2007). Free surface flow modeling in numerical estimation of flood risk zones: a case study. Task Quaterly, 301-313.

Verschoren, V., Meire, D., Schoelynck, J., Buis, K., Bal, K. D., Troch, P., . . . Temmerman, S. (2016). Resistance and reconfiguration of natural flexible submerged vegetation in hydrodynamic river modelling. Environmental Fluid Mechanics, 245–265. doi:10.1007/s10652-015-9432-1

Wei, M., Blanckaert, K., Heyman, J., Li, D., & Schleiss, A. J. (2016). A parametrical study on secondary flow in sharp open-channel bends: experiments and theoretical modelling. Journal of Hydro-environment Research, 1-13. doi:10.1016/J.JHER.2016.04.001

Xing, Y., Yang, S., Zhou, H., & Liang, Q. (2016). Effect of Floodplain Roughness on Velocity Distribution in Mountain Rivers. Procedia Engineering, 467-475. doi:10.1016/j.proeng.2016.07.539

Yin, R. K. (1994). Case Study Research: Design and Methods. London: SAGE Publications.

Downloads

Publicado

2020-07-21

Edição

Seção

Artigos