O Mosaico

Editorial

2023-12-19T08:52:41-03:00

Editorial

Sumário

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Sumário

Ficha catalográfica

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Ficha catalográfica

Expediente

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Expediente

Apresentação

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Apresentação

Capa

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Capa

Golpes de facão

2023-09-04T11:34:31-03:00

Este ensaio decorre de uma experiência de prática artística e consequente reflexão teórica, a partir do encontro e uso de um instrumento produzido por Nelson da Rabeca para improvisação livre. Para entender um pouco como se daria uma perspectiva que encara a prática popular como tendo um potencial experimental e improvisatório em si, de uma profundidade formal latente, comparamos diferentes visões sobre a relação entre a vanguarda e o popular que se desenvolveram no cenário cultural da vanguarda pós-Cage nos Estados Unidos, a partir de dois ensaios produzidos por artistas: “Witchcraft, Cybersonis and Folcloric Virtuosity” de Gordon Mumma e trechos de “The Meaning of my Avant-garde Hillibilly and Blues Musc” de Henry Flynt, a serem lidos de igual para igual frente ao objeto-pensamento que é a rabeca de Seu Nelson. Ao final, também traremos a discussão alguns elementos trazidos por Derek Bailey acerca do papel do instrumento-enquanto-aliado na improvisação, e dos potenciais do chamado “não-idiomático” como uma expressão de um impulso-desejo criativo que permeia tanto a improvisação como “fazer com próprias mãos” da cultura popular.

Variações híbridas no cinema documentário

2023-08-15T17:03:27-03:00

Embora muitas vezes encarados como pólos opostos, o documentário e a ficção são, na verdade, teórica e praticamente entrelaçados, assim como a história e a ficção, também convencionalmente definidos como opostos, são simbioticamente ligados. O historiador Hayden White argumentou em seu livro Metahistory que a distinção mito/história é arbitrária e uma invenção recente. No que diz respeito ao cinema, bem como à escrita, White apontou que pouco importa se o mundo que é transmitido para o leitor/espectador é concebido para ser real ou imaginário, a forma de dar sentido discursivo a ele através do tropos e da montagem do enredo é idêntica (WHITE, 1973). Neste artigo, examinaremos as maneiras que a hibridação entre documentário e ficção tem sido mobilizada como radical recurso estético.

A improvisação musical como ação política

2023-09-04T11:44:00-03:00

Neste texto pretendo aprofundar as reflexões a respeito das dimensões políticas da improvisação musical tendo como referência as atividades de ensino e pesquisa que desenvolvo no Departamento de Música da Universidade de São Paulo há mais de 20 anos, principalmente através das práticas desenvolvidas com a Orquestra Errante. A proposta é investigar de que formas a improvisação pode funcionar como ação política contra formas de opressão que ocorrem na sociedade contemporânea, combatendo a exclusão, o racismo e o patriarcado. Para a realização dessa tarefa, estabeleço diálogos com perspectivas e teorias decoloniais, afrológicas e feministas.

Música e imagem

2023-09-07T19:53:38-03:00

Este artigo tem por objetivos compartilhar, refletir e relatar o percurso metodológico adotado para a criação de uma improvisação musical coletiva, inspirada na pintura “O Pescador” de Tarsila do Amaral e nos conceitos de improvisação livre de Machado (2014 e 2018). O processo criativo foi conduzido remotamente pelo autor durante a pandemia de COVID-19, em colaboração com o Grupo de Referência “Camerata de Violões de Araçatuba” do Projeto Guri, por meio de três encontros realizados através da plataforma de webconferência Zoom. A obra resultante foi incorporada à “Suíte Tarsila do Amaral”, uma peça inédita em 5 movimentos, criada pelo grupo em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. A improvisação livre foi registrada em vídeo pelos participantes e editada no software DaVinci Resolve, enquanto a edição e mixagem das faixas de áudio foram realizadas no software Reaper, com duas faixas especializadas no domínio Ambisonic através dos plug-ins StereoEncoder Ambisonic e BinauralDecoder do Institute of Electronic Music and Acoustics (IEM Plug-in Suite).