INTERVENÇÃO NO AUTISMO BASEADA NA MUSICOTERAPIA DE IMPROVISAÇÃO E NO MODELO DIR-FLOORTIME

Autores

  • Stephan Malta Oliveira Universidade Federal Fluminense - Departamento Materno-Infantil da Faculdade de Medicina
  • Carolina Lampreia Pontifí­cia Universidade Católica do Rio de Janeiro - Departamento de Psicologia Clí­nica.

DOI:

https://doi.org/10.33871/2317417X.2017.8.1.1804

Resumo

O artigo é resultado de uma pesquisa-ação, na qual foi aplicado um programa de Intervenção clí­nica a uma criança autista. O método foi o estudo de caso. A Intervenção se fundamenta na musicoterapia de improvisação e no modelo DIR floortime, ambos referenciais desenvolvimentistas. Segundo esta perspectiva, o engajamento afetivo é fundamental para o desenvolvimento da comunicação. A musicalidade comunicativa, que fundamenta a musicoterapia de improvisação e se faz presente no engajamento afetivo, apresenta padrões atí­picos no autismo, resultando em padrões atí­picos nas interações sociais e no desenvolvimento da comunicação. A técnica da Intervenção consiste na interação musical improvisada e emocionalmente significativa, seguindo-se o foco de interesse da criança. Foram construí­das categorias para avaliar o desenvolvimento do engajamento afetivo e dos comportamentos comunicativos não-verbais e verbais. Os resultados mostraram que a Intervenção contribuiu para o desenvolvimento do engajamento afetivo e dos comportamentos de antecipação, alternância de turno, imitação e fala referenciada, bem como para o aumento da duração e frequência do contato ocular, sorriso responsivo e vocalizações não-referenciadas. Os comportamentos protodeclarativos, protoimperativos e seguir o apontar não foram desenvolvidos. Novos estudos precisam ser realizados, embora, este tipo de tratamento pareça contribuir para o desenvolvimento das habilidades comunicativas no autismo.

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Biografia do Autor

Stephan Malta Oliveira, Universidade Federal Fluminense - Departamento Materno-Infantil da Faculdade de Medicina

Professor Adjunto de Neuropsiquiatria Infantil - UFF; Pós-Doutorando em Psiquiatria e Saúde Mental - IPUB/UFRJ; Doutorado em Saúde Coletiva - IMS/UERJ; Mestrado em Psicologia Clí­nica- PUC-Rio.

Carolina Lampreia, Pontifí­cia Universidade Católica do Rio de Janeiro - Departamento de Psicologia Clí­nica.

Doutora em Psicologia Clí­nica pela Pontifí­cia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Professora aposentada do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clí­nica do Departamento de Psicologia da PUC-Rio (in Memoriam).

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Publicado

2017-07-01

Edição

Seção

Artigos