A Educação em Paulo Freire: uma possibilidade para superar a opressão e alcançar a autonomia

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DOI:

https://doi.org/10.33871/23594381.2021.19.3.236-253

Resumo

Nosso objetivo no presente texto foi de revisitar e refletir sobre algumas obras do educador Paulo Freire e entender o diálogo que ele buscou desenvolver com seus principais interlocutores, os/as profissionais da educação. A partir da análise das obras elencamos três pontos para o diálogo com o autor. O primeiro diz respeito à questão da neutralidade e a ação docente. As leituras e reflexões nos levaram a entender a educação como algo intencional e portanto, sem a possibilidade de ser neutra. O segundo refere-se à pesquisa e o ensino na ação docente. Nesse aspecto, evidenciamos o apelo de Paulo Freire para que os professores cultivem as práticas de estudos, em prol de uma atualização pedagógica constante, da conscientização social e do aprofundamento na área cientí­fica. O terceiro ponto trata-se do diálogo na ação docente, considerado por Paulo Freire como uma prática essencial no ato educativo. Apesar de já ter decorrido mais de 25 anos da publicação de sua última obra, suas análises são muito ricas para compreender o processo educativo, suas possibilidades e limitações. Frente a um sistema meritocrático, Paulo Freire propõe uma educação problematizadora, que possibilita a leitura de mundo. Ler o mundo significa compreender o contexto social, polí­tico, econômico em que os sujeitos estão inseridos, conscientizar-se da opressão social existente em nosso meio e buscar a autonomia intelectual.

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Biografia do Autor

Vilson Jaques de Oliveira, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Francisco Beltrão

Mestrando em Educação pelaUniversidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Francisco Beltrão, bolsista do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) Unioeste.

André Paulo Castanha, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Francisco Beltrão

Doutor em Educação pela UFSCar e Pós-doutor na área de Filosofia e História da Educação pela UNICAMP. Professor do Colegiado de Pedagogia e do Mestrado em Educação da UNIOESTE – Campus de Francisco Beltrão – PR. Membro do Grupo de Pesquisa: História, Sociedade e Educação no Brasil – HISTEDBR – GT local do HISTEDBR. Filiado í  Sociedade Brasileira de História da Educação.

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Publicado

2021-12-22